Novo advogado do ex-policial penal bolsonarista Jorge Guaranho, Samir Mattar Assad nega motivação política na morte do guarda municipal petista Marcelo Arruda em 2022, em Foz do Iguaçu (PR). Ele afirma que o crime ocorreu por uma "discussão de [nível] quinta série".
Arruda fez uma festa de aniversário em julho de 2022 para comemorar seus 50 anos com a temática do PT. Guaranho passou de carro em frente ao salão de festas dizendo "Aqui é Bolsonaro" e "Lula ladrão". Eles discutiram e, mais tarde, o ex-policial penal voltou ao local e atirou contra o guarda municipal.
O petista, já ferido no chão, também baleou o bolsonarista, que ficou internado em um hospital antes de ser transferido para a prisão. Um júri popular para julgar Guaranho está marcado para começar nesta quinta-feira (4).
Assad diz ter sido procurado por familiares do réu após a saída do Escritório Dalledone e Advogados Associados, em 19 de março. Segundo ele, a diferença desse caso para os demais é o tempo exíguo de estudo, "tirando essa narrativa que foi introduzida [de motivação política]".
Na avaliação dele, "foi uma discussão que internamente a gente até fala que é uma discussão de 5ª série."
"Eles discutem de forma banal por uma besteira, e tem a agressão do senhor Marcelo, que acaba gerando todo esse conflito", afirma Assad.
O advogado estima que o julgamento deva durar dois dias e critica o acordo anunciado pela AGU (Advocacia-Geral da União) segundo o qual a União fica obrigada a pagar uma indenização de R$ 1,7 milhão à família de Arruda.
"Você vai ver que não existem precedentes nesse sentido. E por outro lado, é precipitado você fazer esse tipo de acordo com uma causa que não foi julgada."
Em 19 de março deste ano, Guaranho foi demitido pelo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, no contexto de um Processo Administrativo Disciplinar instaurado na época do crime para apurar a atuação do agente, então servidor da penitenciária federal de Catanduvas, no Paraná.
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