Os acusados de envolvimento na morte do conselheiro tutelar de Itupiranga município localizado a 50 quilômetros de Marabá no sudeste paraense, Rondinele Wagner Salomão Maracaípe, assassinado no dia 11 de janeiro de 2017, foram absolvidos durante Tribunal de Júri realizado em Belém.
Três policiais militares e um cidadão comum foram absolvidos do crime; um quatro PM aguarda julgamento de recurso. O Júri Popular aconteceu em Belém no mês de novembro.
Os quatro foram absolvidos das acusações de homicídio e tentativa de assassinato de outro conselheiro, Jorge Edilson Ferreira da Silva, que foi baleado na época. Também foram inocentados das acusações de coação no curso do processo e milícia.
Os absolvidos foram Rony Marcelo Alves Paiva, Webert Santana da Silva, Allan Douglas Branco Rodrigues, e Railson Oliveira da luz, este último não é policial, mas teria sido apontado na investigação envolvendo a morte do conselheiro como sendo um dos olheiros dos policiais.
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Este resultado do julgamento é fruto de intenso trabalho dos advogados de defesa, que conseguiram convencer os sete jurados da inocência deles envolvendo o crime.
O advogado criminalista e especialista em Tribunal do Júri, Arnaldo Ramos, que atuou na defesa de Rony Marcelo contou que a investigação não apontou indícios suficientes contra o cliente dele.
Para o advogado, o fato de o júri ter ocorrido em Belém, permitiu a verdade dos fatos. “Se este julgamento ocorresse em Itupiranga, todos os acusados seriam condenados, pois o ambiente já estava desfavorável aos acusados, ademais, não tinha prova suficientes para condená-los, tanto que conseguimos provar a inocência do meu cliente”, afirma.
Este caso envolvendo a morte do conselheiro teve diversos desdobramentos. Um dos acusados, o Elvis Fernandes da Silva foi impronunciado, uma vez que a Justiça não conseguir associar o nome dele ao crime.
Já o outro policial militar PM João Oliveira, aguarda recurso no caso do conselheiro. Ele também é á acusado de envolvimento na morte do advogado Danilo Sandes, assassinado em julho de 2017. O PM está preso em Araguaína.
O CRIME
No dia 11 de janeiro de 2017 o conselheiro tutelar Rondinele Wagner Salomão Maracaípe foi morto com 16 tiros e o conselheiro Jorge Dilson Ferreira da Silva, foi atingido no abdômen.
O crime ocorreu por volta das 13 horas do dia 11 de janeiro, enquanto os dois conselheiros atendiam uma ocorrência, na travessa Santo Antônio, no centro da cidade. As vítimas estavam em uma motocicleta do próprio conselho, quando foram atingidas por vários disparos.
Menos de 10 dias após esse crime, Francisco Santos da Polícia Militar e Jonas Cardoso, foram presos em cumprimento a um mandado de prisão temporária, expedido pela Comarca de Itupiranga, naquele município, após uma equipe da Divisão de Homicídios de Belém chegar na cidade para investigar a morte do conselheiro.
Eles foram apontados como suspeitos de serem os autores de ao menos cinco execuções ocorridas no local, mas os nomes nunca foram oficialmente ligados ao assassinato do conselheiro. (Com informações de Juscelino Ferreira, de Itupiranga e Edinaldo Sousa)
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