Passeio ciclístico pede fim da violência contra mulher 

Buscando conscientizar sobre combate à violência contra mulher, foi organizada pelo Instituto Familiar de Marabá (IFM), em parceria com o grupo Maravilhosas do Pedal, o 2° Pedal Lilás em alusão aos 16 anos da Lei Maria da Penha. A ação foi promovida neste domingo (7).

“A importância desse passeio ciclístico é levar a toda a sociedade a conscientização sobre a violência contra mulher”, ressalta a presidente do Instituto Familiar de Marabá, Cirleia Alves.

A concentração do pedal ocorreu na Praça da Bíblia, no núcleo Cidade Nova, com discursos sobre a campanha Agosto Lilás de conscientização pelo fim da violência contra a mulher. Os participantes percorreram as ruas dos bairros Novo Horizonte e Laranjeiras, saindo na Rodovia Transamazônica e retornando à Praça da Bíblia.

“A causa é bonita, as mulheres realmente precisam levantar essa bola. Então, a gente está sempre a postos para poder ajudar iniciativas como essa”, pontua o titular da Semel, Thyago Ferraz.

O pedal também teve suporte do Departamento Municipal de Trânsito e Transporte Urbano (DMTU) e da Guarda Municipal, por meio da Patrulha Maria da Penha. “É bem gratificante como mulher e como integrante da Patrulha Maria da Penha, uma honra estar aqui compartilhando com todas essas mulheres esse evento em alusão aos 16 anos da Lei Maria da Penha”, destaca a agente Cláudia Araújo.

O Instituto Familiar de Marabá, que surgiu há nove anos, realiza o Pedal Lilás pela segunda vez, tendo a parceria do grupo Maravilhosas do Pedal, composto por cerca de 80 mulheres. Para a líder, Jaciara Cabral, o grupo não é apenas de pedal, mas de caráter social. “Para o nosso grupo é muito importante porque atinge não só as mulheres, mas a família também em si das mulheres que participam. A atividade física tem ajudado bastante as mulheres nesse quesito de se cuidar, de ter consciência”, explica.

As participantes marcaram X nas mãos, reafirmando o objetivo da campanha. Além disso, foi lembrado durante o percurso que a violência contra mulher não se dá de maneira física, mas sexual, psicológica, patrimonial, institucional e moral.

Para Júlia Rosa, coordenadora de políticas públicas para as mulheres de Marabá, iniciativas da sociedade civil são importantes para o fortalecimento da rede de proteção a mulher do município. “O movimento social a cada dia, a cada ano se fortalece aqui na nossa cidade. Nós temos uma rede de enfrentamento, uma rede forte, que é composta pelos integrantes da sociedade civil mais as instituições públicas, representantes do Ministério Público, do Tribunal de Justiça, da Prefeitura. Essa iniciativa chama atenção da sociedade para esse enfrentamento”, ressalta a coordenadora.

Veja também:

Campanha visa reduzir número de feminicídios em Marabá

Homem sai do culto e mata ex-mulher grávida a facadas

Homem mata mulher e escreve pedido de perdão com sangue dela

Ao final do 2° Pedal Lilás, houve distribuição de lanche às participantes e momentos de interação, que contaram também com orientações sobre os tipos de violência contra a mulher, os órgãos que fazem parte da rede de proteção e como formas de denunciar.

Para denúncias:

Central de Atendimento à Mulher em Situação de Violência – 180

Polícia Militar – 190

Disque Denúncia – (94) 3312-3350

VEJA ABAIXO A REPORTAGEM DA RBATV: