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FONTE DE RENDA

Mulheres inspiradoras na linha de frente da reciclagem

Elas recebem, selecionam e comercializam os resíduos sólidos da indústria (plástico, papel, alumínio e vidro)

Imagem ilustrativa da notícia Mulheres inspiradoras na linha de frente da reciclagem camera Cooperativa de Catadores de Marabá gera renda para as famílias e contribui com o meio ambiente | Alessandra Gonçalves

Repensar, reduzir, reutilizar e reciclar. Essas palavras, aprendidas ainda na escola, fazem parte da rotina de milhares de mulheres brasileiras que sustentam seus lares com a reciclagem. Elas são 70% dos mais de 800 mil trabalhadores no setor que gera receita, emprego e preservação ambiental.

A atividade existe há mais de 50 anos no Brasil, mas ganhou força há cerca de 15 anos, quando foi criado um incentivo fiscal às cooperativas e empresas que trabalham com reciclagem.

Em Marabá, sudeste do estado, há uma única cooperativa de reciclagem que é administrada por Francisca Fernandes de Souza Lopes. A Cooperativa de Catadores de Recicláveis de Marabá (Corema) gera renda diretamente para 22 pessoas, entre elas, muitas mulheres.

Francisca Fernandes conta que a Corema nasceu de um projeto de conscientização ambiental desenvolvido no bairro Nossa Senhora Aparecida, mais conhecido como Coca-cola.

Cooperativa é administrada por Francisca Fernandes
📷 Cooperativa é administrada por Francisca Fernandes |Alessandra Gonçalves

Hoje, a Corema é a única cooperativa no município, gerando renda de forma correta para as famílias e contribuindo com o meio ambiente. “Para mim enquanto mulher é muito gratificante. Eu tinha outro empreendimento, trabalhava na área da costura e migrei para essa área. Agregar a outras pessoas, principalmente mulheres que não tem renda, que não tem estrutura e fazer parte e entender que dá para viver, trabalhar e ser independente, é muito importante”, pondera a administradora da Corema.

Papel, plástico, sucata metálica e latinhas são coletados e destinados para reciclagem. Somente em 2022 foram 91 toneladas de materiais reciclados. “É um material que gera um trabalho digno e renda para as famílias. Então, essas famílias que vivem desse trabalho de catadores, elas recebem para sobreviver. É um complemento da sua renda”, afirma a administradora.

Além das pessoas que trabalham diretamente na cooperativa, tem aquelas famílias que catam os materiais nas ruas e que a Corema compra. “Os catadores que vão para as ruas catar o material levam para suas casas, fazem a separação e quando tem um volume suficiente, eles acionam a cooperativa para estar buscando nas suas casas”, explica.

Por meio do programa da Vale e Fundação Vale, a Cooperativa recebeu uma prensa que otimizou a capacidade produtiva e agregou valor à produção, também reboque, dois triciclos motorizados, que carregam até 700 quilos e ainda equipamentos de proteção individual (epis) como botas, luvas e protetor auricular.

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Sustento da família

Há um ano trabalhando como catadora na cooperativa, Magna Martins Vieira, de 46 anos, que trabalhava como doméstica, se encontrou na cooperativa. “Eu entrei e não tive vergonha. Eu sou mãe de família, tenho oito filhos, dona de casa e fui convidada a trabalhar aqui e hoje eu não enxergo mais nada como lixo, eu enxergo como renda, eu enxergo coisa que a gente pode trabalhar com ele”.

Magna Martins não enxerga mais nada como lixo
📷 Magna Martins não enxerga mais nada como lixo |Alessandra Gonçalves

Bastante vaidosa, Ivonete Moura da Silva, 40 anos, também faz parte da cooperativa. “Eu já trabalhei muito em cozinha e eu disse que não queria ir mais. Falei que ia arrumar um outro meio e a chance veio e aqui estou. Trabalhando aqui eu aprendo cada dia mais”.

Casada e mãe de cinco filhos, Ivonete destaca a satisfação de contribuir com o meio ambiente. “Aquele material que a gente queimava e poluía o ar, agora a gente recicla e ainda ganha um troquinho para o pão, para a merenda e isso é muito bom. Ajuda tanto no lado financeiro, como no meio ambiente que a gente aprende a reciclar”.

Ivonete Moura e Magna Martins falam do amor pelo trabalho
📷 Ivonete Moura e Magna Martins falam do amor pelo trabalho |Alessandra Gonçalves

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