Familiares que perderam entes queridos estão reclamando do tratamento de coveiros na hora do sepultamento no Cemitério da Saudade, na Folha 29, na Nova Marabá.
Apenas três coveiros estariam trabalhando no maior cemitério da cidade. Em uma das reclamações enviadas ao jornalismo do Grupo RBA, a situação teria ocorrido no último domingo (17), em que o coveiro teria reclamado do trabalho e cansaço.
“Ontem (domingo) fui enterrar um primo meu e o coveiro pediu para nós jogarmos a terra na cova dizendo que estava cansado, achei falta de respeito com as pessoas. Tinha até mais dois coveiros e quatro pessoas tiveram que fazer o serviço dele. Ele ainda dizendo que teve 10 pessoas que foi enterrado nesse dia, os dois não reclamaram só ele. E outra, estavam bêbados sendo que ali era local de trabalho deles”, disse João, familiar da vítima que estava sendo sepultada.
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Em outra mensagem, uma mulher também relatou a situação: “Presenciei um coveiro colocando as pessoas para jogar terra na cova e informando que estava cansado, mas ele foi contratado para fazer isso”, questionou Maria Aparecida.
Nossa equipe esteve no Cemitério da Saudade, na manhã desta quarta-feira (20). O coveiro Edmar Joaquim dos Santos, que trabalha há 20 anos ali, contou que tem dias que os sepultamentos acontecem todos no mesmo horário e o número de coveiros é pequeno.
“Às vezes marca três, quatro tudo para um horário só: 4h e 5h da tarde, como são poucos coveiros, vai um para um lado, outro para outro e eles podem até pedir (ajuda), mas isso não acontece direto. Quando vão os três eles não pedem para ninguém, mas quando chega três, quatro tudo em um horário só, um vai atender um, um vai atender o outro”, disse Edmar Joaquim.
POUCOS SERVIDORES
Apesar de ser um dos maiores campos-santos da cidade, o Cemitério da Saudade conta apenas com cinco trabalhadores: o coordenador, uma zeladora e os três coveiros.
Um dos coveiros é José da Silva Carvalho, que há 11 anos trabalha no local. Segundo ele, há dias que acontecem quatro enterros no mesmo horário para apenas três coveiros. Por isso, os trabalhadores cansam. “Muitas vezes acontece que nós somos obrigados a pedir ajuda. Se o cara quiser fazer faz, se não quiser não é obrigado. outra vez aí, um (coveiro) estava de folga e veio ajudar nós”, disse.
Os trabalhadores são subordinados o SSAM (Serviço de Saneamento Ambiental), órgão pertencente à Prefeitura de Marabá.
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