No Brasil, estima-se que existem 2 milhões de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Mas esse número é incerto e precisa ser oficializado pelo estado. Para isso foi sancionada, em 2019, a Lei 13.861 que obriga o IBGE a perguntar sobre o autismo no censo populacional. Com isso, é possível saber quantas pessoas no Brasil apresentam o transtorno e como os diagnósticos estão distribuídos pelas regiões brasileiras.
A situação é mais comum do que parece e os casos desse tipo de transtorno tem se tornado mais comuns e ganhado destaque em toda a sociedade brasileira.
Por isso, sensível à isso, municípios do Pará tem investido em estruturas para atender especificamente esse público. Um desses casos fica no baixo tocantins, especificamente em Abaetetuba. Nesta quinta-feira (10) às 10h, será inaugurada a Casa Elene, Centro de Saúde Infantil sem fins lucrativos, que visa atendimento à saúde das crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA).
O espaço está localizada na Rua Barão do Rio Branco, n° 1288, no bairro Centro, no município de Abaetetuba, na região do baixo Tocantins.
Com a oferta gratuita dos serviços, as famílias terão acompanhamento nas áreas da Saúde e Assistência Social. São ações que vão contribuir para interação e o desenvolvimento intelectual, o aprendizado, favorecendo a integração e a socialização, além do acolhimento.
A entidade tem como parceiros mantedores, o Instituto Amplitude que desenvolve atividades no bem estar de crianças e o Instituto Diretrizes - Organização Social de Saúde sem fins lucrativos.
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Os atendimentos na casa Elene acontecerão de forma individual e em grupo, para as crianças e suas famílias, em um espaço amplo, moderno e humanizado. Dentre os profissionais que compõem a equipe multiprofissional temos: psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, pedagogos, assistentes sociais, educadores físicos, clínicos gerais, neurologistas clínicos e pediátricos, oftalmologistas, psiquiatras, otorrinos, entre outros.
Pioneiros em Abaetetuba, o espaço possui diversos espaços de atendimentos, sala de Práticas de Integração Sensorial, além do uso da abordagem com Análise do Comportamento Aplicado (ABA), uma das terapias mais eficazes, inclusive, com comprovação científica para o tratamento de autismo.
Todos os profissionais estão em constante formação e reciclagem nas suas áreas de atuação, para melhor prestar os atendimentos, as crianças e as famílias beneficiadas.
Será coordenada por Mariane Bitencourt, e suas atividades serão totalmente de forma gratuita, humanizada e interdisciplinar, voltada ao atendimento das crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e seus respectivos cuidadores, familiares ou responsáveis. “O autista é uma pessoa normal que tem suas preferências e precisa ser respeitada. Temos que criar formas para a criança participar da cidade como qualquer outra, sem diferença”, pontua a diretora Mariane Bitencourt.
AUTISMO NÃO É DOENÇA
O autismo, cientificamente conhecido como Transtorno do Espectro Autista, é um transtorno no desenvolvimento neurológico da criança que gera alterações na comunicação, dificuldade ou ausência de interação social e mudanças no comportamento, sendo geralmente identificado entre os 12 e 24 meses de idade.
Pessoas com autismo podem apresentar algumas características específicas, como manter pouco contato visual, ter dificuldade para falar ou expressar ideias e sentimentos, e ficar desconfortável em meio a outras pessoas, além de poder apresentar comportamentos repetitivos, como ficar muito tempo sentado balançando o corpo para frente e para trás, por exemplo.
É importante ressaltar que o autismo não é uma doença, mas sim um modo diferente de se expressar e reagir, que, apesar de não ter cura, não se agrava com o avanço da idade. No entanto, quanto mais cedo for realizado o diagnóstico e iniciado o tratamento, melhores serão a qualidade de vida e a autonomia da pessoa. (Com informações de IBGE e Brasil Escola)
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