Os atuais problemas na economia mundial ocasionados em grande parte em conseqüência da pandemia da Covid-19 tem feito com que trabalhadores e profissionais protestassem por melhorias tanto salariais quanto pelo ambiente de trabalho.
Uma dessas situações resultou em bloqueio em importante rodovia do sudeste paraense, a BR-155 que liga os principais municípios da região.
Professores que já estavam em greve no município de Eldorado dos Carajás, distante de Marabá a 100 quilômetros bloquearam na manhã desta sexta-feira (25) a rodovia à altura da entrada da cidade. A Polícia Rodoviária Federal compareceu para negociar com os trabalhadores o fim do bloqueio, que se deu no final da manhã desta sexta.
Segundo Batista do Nascimento presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação - Sintepp sub sede de Eldorado dos Carajás o motivo do bloqueio está dentro do calendário do movimento grevista. "A educação em Eldorado vem fazendo intensas buscas ativas junto à gestão municipal no intuito de solucionar diversos pontos que causam problemas na educação de Eldorado hoje e de certo modo não estão sendo encaminhadas soluções por parte da gestão", declarou.
A categoria então decretou estado de greve, greve desde o último dia 14. "E nós enquanto categoria estamos percebendo essa morosidade por parte da prefeita Iara Braga (PSD) em solucionar todos esses problemas", disse.
A principal pauta de reivindicação dos educadores é a situação do transporte escolar, início das aulas no dia 7 de fevereiro (o sindicato havia pedido o retorno às aulas no dia 24), no dia 21 na zona rural. "E até hoje 25 de março se não houvesse o protesto ainda teriam pontos nas escolas da zona rural que o transporte escolar ainda não teria dado assistência aos alunos que dependem", declarou Batista.
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Além disso, eles reclamam da situação das escolas de Eldorado, que segundo os educadores estão 'precárias', prédios, mobiliário, tardiamento das publicações e informações contidas no Portal da Transparência, a pauta de reajuste salarial que segundo Batista do Nascimento não são reajustados nem pelo salário mínimo e nem pelo piso nacional do magistério, licenças-prêmio vencidas e reajuste dos professores do magistério.
"A gestora não apresentou até o momento nenhum planejamento de reajuste e nem encaminhamento de solução desse piso para os professores. São professores, coordenadores pedagógicos, diretores que têm direito, isso há três anos", declarou o presidente do Sintepp.
JUSTIÇA CONSIDERA ABUSIVA
Uma liminar expedida pelo juiz Desembargador Mairton Marques Carneiro no dia 16 de março considerou a greve dos professores de Eldorado como "abusiva". De acordo com o documento expedido pelo juiz, "não há alternativa para a preservação da ordem pública e para assegurar a comunidade de Eldorado dos Carajás os serviços públicos, mormente um essencial, como é a educação, senão a propositura da presente ação, visando tanto à decretação da abusividade do movimento, quanto a imposição de medidas que obstem a manutenção das paralisações, com inestimável prejuízo aos alunos da rede municipal de ensino", declara a liminar.
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação - Sintepp informou que uma decisão a respeito de se obedecer ou não a essa liminar vai ser definida na próxima segunda-feira (28) e os advogados da entidade já estão entrando com pedido de contraponto dessa liminar. (Com apoio de José Salém, de Eldorado dos Carajás)
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