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Professores bloqueiam trecho da BR-155 nesta sexta (25)

Os professores e educadores do município de Eldorado dos Carajás bloquearam na manhã desta sexta-feira (25) trecho da rodovia BR-155

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Imagem ilustrativa da notícia Professores bloqueiam trecho da BR-155 nesta sexta (25) camera O bloqueio aconteceu na manhã desta sexta (25) em Eldorado dos Carajás | José Salém

Os atuais problemas na economia mundial ocasionados em grande parte em conseqüência da pandemia da Covid-19 tem feito com que trabalhadores e profissionais protestassem por melhorias tanto salariais quanto pelo ambiente de trabalho.

Uma dessas situações resultou em bloqueio em importante rodovia do sudeste paraense, a BR-155 que liga os principais municípios da região.

Professores que já estavam em greve no município de Eldorado dos Carajás, distante de Marabá a 100 quilômetros bloquearam na manhã desta sexta-feira (25) a rodovia à altura da entrada da cidade. A Polícia Rodoviária Federal compareceu para negociar com os trabalhadores o fim do bloqueio, que se deu no final da manhã desta sexta.

Segundo Batista do Nascimento presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação - Sintepp sub sede de Eldorado dos Carajás o motivo do bloqueio está dentro do calendário do movimento grevista. "A educação em Eldorado vem fazendo intensas buscas ativas junto à gestão municipal no intuito de solucionar diversos pontos que causam problemas na educação de Eldorado hoje e de certo modo não estão sendo encaminhadas soluções por parte da gestão", declarou.

A categoria então decretou estado de greve, greve desde o último dia 14. "E nós enquanto categoria estamos percebendo essa morosidade por parte da prefeita Iara Braga (PSD) em solucionar todos esses problemas", disse.

Agentes da PRF negociaram com os manifestantes que liberaram a via no final da manhã
📷 Agentes da PRF negociaram com os manifestantes que liberaram a via no final da manhã |José Salém

A principal pauta de reivindicação dos educadores é a situação do transporte escolar, início das aulas no dia 7 de fevereiro (o sindicato havia pedido o retorno às aulas no dia 24), no dia 21 na zona rural. "E até hoje 25 de março se não houvesse o protesto ainda teriam pontos nas escolas da zona rural que o transporte escolar ainda não teria dado assistência aos alunos que dependem", declarou Batista.

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Além disso, eles reclamam da situação das escolas de Eldorado, que segundo os educadores estão 'precárias', prédios, mobiliário, tardiamento das publicações e informações contidas no Portal da Transparência, a pauta de reajuste salarial que segundo Batista do Nascimento não são reajustados nem pelo salário mínimo e nem pelo piso nacional do magistério, licenças-prêmio vencidas e reajuste dos professores do magistério.

"A gestora não apresentou até o momento nenhum planejamento de reajuste e nem encaminhamento de solução desse piso para os professores. São professores, coordenadores pedagógicos, diretores que têm direito, isso há três anos", declarou o presidente do Sintepp.

JUSTIÇA CONSIDERA ABUSIVA

Uma liminar expedida pelo juiz Desembargador Mairton Marques Carneiro no dia 16 de março considerou a greve dos professores de Eldorado como "abusiva". De acordo com o documento expedido pelo juiz, "não há alternativa para a preservação da ordem pública e para assegurar a comunidade de Eldorado dos Carajás os serviços públicos, mormente um essencial, como é a educação, senão a propositura da presente ação, visando tanto à decretação da abusividade do movimento, quanto a imposição de medidas que obstem a manutenção das paralisações, com inestimável prejuízo aos alunos da rede municipal de ensino", declara a liminar.

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação - Sintepp informou que uma decisão a respeito de se obedecer ou não a essa liminar vai ser definida na próxima segunda-feira (28) e os advogados da entidade já estão entrando com pedido de contraponto dessa liminar. (Com apoio de José Salém, de Eldorado dos Carajás)

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