O ano de 1986 foi de grande repercussão no Brasil. Ainda não existia internet e nem equipamentos eletrônicos que enviavam mensagens instantâneas, era a época de se enviar carta, mas os telejornais e rádios da época não falavam em outra coisa: a passagem do cometa Halley pelo Brasil. 

O cometa seria visível nos céus noturnos do país, em sua passagem orbital que dura de 76 em 76 anos. Agora o cometa só vai ser visível novamente para nós no ano de 2062. 

Mas até ele voltar, outros pequenos cometas fazem suas visitas periódicas por aqui. É o caso do K2.

Um dos cometas ativos mais distantes chegará a seu ponto máximo de aproximação com a Terra nesta quinta-feira (14). Localizado na constelação de Ophiuchus, o cometa K2 estará a uma distância de cerca de 270 milhões de quilômetros do nosso planeta.

Já a máxima aproximação do cometa com o Sol, posicionamento ao qual se dá o nome de periélio, será em dezembro de 2022.

De acordo com o Observatório Nacional, o K2 não será visível a olho nu, mas, ainda assim, será possível observá-lo. “Ele poderá ser observado com o uso de pequenos telescópios ou até mesmo com lunetas, desde que o observador esteja em locais com pouca poluição luminosa, ou seja, locais mais escuros”, explica o pesquisador do observatório Marçal Evangelista Santana.

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Segundo o físico, que é doutorando em astronomia, os observadores que estiverem no hemisfério sul serão privilegiados para observar o cometa em quase toda a noite do dia 14. Para tanto, basta olhar para a constelação de Ophiuchus, tendo como referência a constelação de Escorpião, como mostra a imagem abaixo.

A máxima aproximação do cometa com o Sol, posicionamento ao qual se dá o nome de periélio, será em dezembro de 2022
📷 A máxima aproximação do cometa com o Sol, posicionamento ao qual se dá o nome de periélio, será em dezembro de 2022 |Wandeclayt Melo - Projeto Céu Profundo

Para facilitar a localização, ele sugere o uso do aplicativo Stellarium, disponível para download de forma gratuita.

Cometas

Os cometas são objetos feitos principalmente de gases congelados, rocha e poeira, que ficam mais ativos na medida em que se aproximam do Sol. Isso ocorre porque o calor do astro aquece o cometa, fazendo com que seu gelo se transforme em gás. Neste processo de sublimação, forma-se uma nuvem ao redor do cometa, também conhecida como cauda.

Localizado na constelação de Ophiuchus, o cometa K2 estará a uma distância de cerca de 270 milhões de quilômetros do nosso planeta. Foto: Wandeclayt Melo - Projeto Céu Profundo

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