O inquérito policial sobre a mulher mantida em cárcere privado no Hospital Santa Branca, em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, citou haver "indícios claros de que a vítima esteja apodrecendo" na unidade onde ela foi submetida a uma cirurgia plástica.
Daiana Chaves Cavalcanti, de 36 anos, está internada na unidade desde junho, depois de apresentar complicações na abdominoplastia feita no último mês de março.
A paciente segue no hospital, alvo de uma operação na última segunda-feira (18) para prender o médico responsável pelo procedimento cirúrgico, Bolívar Guerrero Silva.
Ainda no inquérito enviado à Justiça, a polícia alerta que a vítima pode estar com infecção generalizada e "à beira da morte". O documento também cita que a mulher pode estar sendo mantida para "ocultar a atividade criminosa do médico".
Uma testemunha contou aos investigadores que o médico ameaçou não usar mais a máquina para drenar a secreção expelida pelo corpo da paciente. O cirurgião também teria dificultado a transferência de Daiana para o Hospital Federal de Ipanema.
MÉDICO NEGA ACUSAÇÕES
Bolívar Guerrero Silva disse em depoimento à polícia que a mulher quem não quis ser transferida. O médico alegou que não houve erro médico e negou o cárcere privado.
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Anteriormente, o hospital informou em nota que as acusações são "infundadas" e que Bolívar não é sócio da unidade. A equipe que trabalha com o cirurgião plástico alega que aceitou liberar a paciente desde que ela assinasse um documento se responsabilizando por qualquer problema após a alta.
Ainda conforme a publicação, os policiais cumpriram mandados de prisão preventiva, de busca e apreensão e de condução coercitiva no Hospital Santa Branca.
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