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PEDIDOS DE APOSENTADORIA

Novo presidente do INSS diz que há poucos peritos e médicos

Para tentar solucionar o problema da fila nos pedidos de aposentadorias, o Governo Federal lançou o Programa de Enfrentamento à Fila

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Imagem ilustrativa da notícia Novo presidente do INSS diz que há poucos peritos e médicos camera Atualmente, há cerca de 1,7 milhão de requerimentos aguardando análise de aposentadorias | Reprodução

A situação de emperramento no pedido de aposentadorias já começa a afetar os altos escalões do governo federal, que começa a mexer os pauzinhos para tentar solucionar o problema.

Na semana passada, o noticiário dava conta de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva estaria particularmente irritado com a persistência da "fila" do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).

Atualmente, há cerca de 1,7 milhão de requerimentos aguardando análise. Para desafogar a lista de espera, o governo lançou ontem (18), por meio de medida provisória, o Programa de Enfrentamento à Fila. Com duração prevista de nove meses, o plano prevê o pagamento de bônus de produtividade de R$ 68 a servidores para cada tarefa concluída. No caso dos médicos, o valor suplementar é de R$ 75 por perícia.

É nesse contexto que Alessandro Stefanutto assume o comando do INSS. Graduado em Direito pela Universidade Mackenzie, e com longa experiência como procurador e diretor do órgão federal, Stefanutto substitui Glauco Wamburg.

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O ex-presidente foi exonerado no último dia 5 após reportagens do site Metrópoles denunciarem o uso irregular de passagens aéreas, pagas com dinheiro público.

O novo presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, é observado pelo ministro da Previdência, Carlos Lupi
📷 O novo presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, é observado pelo ministro da Previdência, Carlos Lupi |Roneymar Alves/Ascom/INSS

Em entrevista exclusiva ao UOL, Stefanutto afirma haver "estudos avançados" para a realização de novos concursos públicos. Sindicatos estimam em 23 mil o déficit de funcionários no órgão. "O que posso adiantar é que trabalharemos muito para termos mais servidores, inclusive, de nível superior", complementa.

Ele diz também que a análise de requerimentos por meio de inteligência artificial "veio para ficar". O uso da tecnologia tem gerado críticas sobre a qualidade da análise dos pedidos.

"Automação e humanização não são incompatíveis e estamos estudando mudanças em parâmetros que garantam menos erros", ressalva Stefanutto.

Stefanutto afirma ainda que a defasagem do parque tecnológico do órgão, queixa antiga de servidores do INSS, está sendo solucionada em parceria com a Telebras — empresa vinculada ao Ministério das Comunicações que provê acesso à internet em todo o país.

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