Mais duas mulheres denunciam ter sido vítimas de importunação sexual pelo empresário que passou a mão nas partes íntimas de uma jovem nutricionista em um elevador em Fortaleza (CE). Mãe e filha afirmam que foram apalpadas pelo homem há cerca de dois anos na volta de um aniversário, quando ele colocou a mão por baixo da saia de uma delas e pegou nas nádegas da outra.

As denunciantes são Adah Ivna Rodrigues Fernandes, 23 anos, estudante de psicologia, e a mãe, Laisa Rodrigues Fernandes, 41. Elas informaram ao Diário do Nordeste que entre esta quinta e esta sexta-feira (22) iriam à delegacia com uma advogada para fazer um Boletim de Ocorrência. 

Elas se sentiram encorajadas após a repercussão do caso da nutricionista Larissa Duarte, de 25 anos. Ela foi importunada pelo empresário dentro do elevador de um edifício comercial no bairro Aldeota no dia 15 de fevereiro deste ano, e o caso foi divulgado nesta semana. 

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Os outros dois casos ocorreram no fim de 2022, em um prédio residencial próximo à Beira Mar, em Fortaleza. Segundo Adah, elas ficaram em choque na hora do ato criminoso dentro do elevador e sentiram "muita raiva", mas acabaram compartilhando somente com pessoas íntimas. 

"Já sofri vários episódios de assédio e acabo apenas deixando passar, por ser algo que infelizmente é comum", relata. Ela e a mãe viram reportagens sobre o caso de Larissa, se lembraram do ocorrido e mais tarde confirmaram com uma pessoa que estava no aniversário em 2022 que se tratava do mesmo homem.

O evento era um aniversário da irmã da madrasta de Adah Ivna. O homem estaria no local, pois sua esposa é amiga da aniversariante. 

ATOS FORAM PRATICADOS NA PRESENÇA DE ESPOSA DO SUSPEITO 

Conforme o relato, a importunação sexual contra mãe e filha ocorreu na presença da esposa do homem. "Ele entrou primeiro com a esposa e depois eu e minha mãe entramos e ficamos na frente. De repente eu senti ele passando a mão debaixo da minha saia e me assustei e fui um pouco mais pra frente", conta a jovem. 

Segundo ela, as investidas continuaram e ele chegou a apalpar a mãe de Adah, que também tentou se afastar para se livrar das ações: "Eu ficava só realmente olhando pra porta do elevador, desejando que a porta abrisse logo pra que a gente saísse".

Na saída do elevador, a estudante de psicologia conta que o empresário continuou a tentar importunar sua mãe, que rapidamente entrou no carro por aplicativo que elas esperavam. A mulher chegou a chamar ele de "louco" e elas foram embora.

"Eu realmente tava meio que em choque assim na hora, não sabia como reagir, então não disse nada pra minha mãe [inicialmente]", indica.

IMPORTUNAÇÃO SEXUAL EM ELEVADOR

"Me deu raiva, me deu tristeza, me deu angústia". O misto de sentimentos ruins que invadiram a nutricionista Larissa Duarte, 25, dentro do elevador de um prédio comercial na Aldeota, em Fortaleza, no último 15 de fevereiro, quando ela teve suas partes íntimas apalpadas por um homem, é semelhante ao que passa grande parte das mulheres vítimas de importunação sexual.

O relato da mulher foi feito à imprensa na manhã da última quarta-feira (20), na presença do advogado dela, Raphael Bandeira. Segundo ele, as informações sobre o inquérito ainda são sigilosas, mas a expectativa da defesa é de ter um retorno da Polícia até o fim da próxima semana. O homem suspeito ainda não teria prestado depoimento. Dias após a repercussão do vídeo, a empresa de investimentos para a qual ele trabalhava anunciou que ele foi afastado. 

A Delegacia de Defesa da Mulher de Fortaleza, à frente do caso, já intimou o suspeito e aguarda que a defesa o apresente nos próximos dias. 

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