O Dezembro Vermelho é uma importante mobilização nacional que visa sensibilizar a população sobre a luta contra o vírus do HIV, a Aids e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs).
Durante este mês, diversas ações são realizadas para destacar a importância da prevenção, diagnóstico, tratamento e proteção dos direitos das pessoas vivendo com HIV.
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) reforça que os beneficiários de planos de saúde têm direito à cobertura obrigatória para o diagnóstico e o acompanhamento da Aids, conforme o Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde.
Isso inclui consultas médicas ilimitadas, exames laboratoriais, como o teste de HIV e carga viral, além de procedimentos especializados para casos mais graves, como genotipagem do HIV.
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Além disso, a ANS orienta que as operadoras de planos de saúde não podem recusar clientes com doenças preexistentes, como o HIV, e devem garantir o acesso a serviços de saúde sem discriminação.
A Aids no Brasil
Em relação ao tratamento, o Brasil tem mostrado avanços: nos últimos dez anos, houve uma queda de 25,5% na mortalidade por Aids, com 92% dos pacientes em tratamento alcançando o estágio indetectável (quando o vírus não pode ser transmitido e os sintomas são controlados).
Conquista alcançada devido ao fortalecimento das ações do Ministério da Saúde, que visam a oferta do melhor tratamento possível, utilizando medicamentos de primeira linha.
Estatísticas
Os dados divulgados pelo Ministério da Saúde (MS), oferecem um panorama da situação do HIV no Brasil em 2023. De acordo com as estatísticas, aproximadamente 20.237 novos casos foram diagnosticados no país no ano passado.
Já no ano anterior, segundo a Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente, existiam 900 mil pessoas vivendo com HIV que conhecem seu diagnóstico, indicando que aproximadamente 100 mil pessoas ainda precisam ser diagnosticadas para que possam iniciar seus tratamentos.
Entre elas, 90% receberam o diagnóstico da doença, enquanto 81% estão em tratamento com terapia antirretroviral. Os números divulgados também destacam a realidade no estado do Pará, onde foram registrados 1.311 casos de HIV no ano de 2023
Prevenção, diagnóstico e tratamento
A Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) e a Profilaxia Pós-Exposição (PEP) são medidas preventivas importantes. A PrEP consiste no uso de medicamentos antes da relação sexual para reduzir o risco de infecção, enquanto a PEP deve ser usada após uma possível exposição ao HIV, como em casos de violência sexual ou acidente ocupacional.
Além disso, a conscientização sobre as formas de contágio e os meios pelos quais o HIV não se transmite é fundamental para desmistificar o vírus e reduzir o estigma. Veja abaixo as formas de contágio:
Assim pega:
- Sexo vaginal sem camisinha;
- Sexo anal sem camisinha;
- Sexo oral sem camisinha;
- Uso de seringa por mais de uma pessoa;
- Transfusão de sangue contaminado;
- Da mãe infectada para seu filho durante a gravidez, no parto e na amamentação;
- Instrumentos que furam ou cortam não esterilizados.
Assim não pega:
- Sexo desde que se use corretamente a camisinha;
- Masturbação a dois;
- Beijo no rosto ou na boca;
- Suor e lágrima;
- Picada de inseto;
- Aperto de mão ou abraço;
- Sabonete/toalha/lençóis;
- Talheres/copos;
- Assento de ônibus;
- Piscina;
- Banheiro;
- Doação de sangue;
- Pelo ar.
O diagnóstico do HIV pode ser realizado por meio de testes rápidos, com resultados obtidos em cerca de 30 minutos, ou por exames laboratoriais. O SUS também oferece autotestes de HIV gratuitamente, permitindo que as pessoas se testem de forma prática e confidencial. (Com informações do Ministério da Saúde).
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