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CONTRAOFENSIVA DE KIEV

Rússia ajudará evacuar região ocupada da Ucrânia 

O anúncio acontece um dia depois que a Ucrânia reivindicou ter recuperado cinco localidades dessa região, localizada no sul do país

Imagem ilustrativa da notícia Rússia ajudará evacuar região ocupada da Ucrânia  camera A Rússia anunciou nesta quinta-feira (13) que irá ajudar a organizar a evacuação dos moradores da província ucraniana de Kherson | MIGUEL MEDINA/AFP

A Rússia anunciou nesta quinta-feira (13) que irá ajudar a organizar a evacuação dos moradores da província ucraniana de Kherson, que anexou no mês passado, em um novo sinal de que a contraofensiva ucraniana segue avançando.

O anúncio acontece um dia depois que a Ucrânia reivindicou ter recuperado cinco localidades dessa região, localizada no sul do país. "O governo decidiu organizar uma ajuda para a evacuação dos habitantes da região para outras partes do país", declarou o vice-primeiro-ministro russo, Marat Khusnullin, à TV russa.

Previamente, as autoridades de ocupação russas de Kherson haviam pedido a Moscou que retirasse os civis desse território anexado pela Rússia no fim de setembro e alvo de uma contraofensiva do Exército ucraniano.

"Pedimos que todos os moradores da província de Kherson que queiram se proteger dos mísseis [ucranianos] possam ir para outras regiões" russas, disse no Telegram o chefe da administração regional de ocupação, Vladimir Saldo. "Peguem seus filhos e vão", exortou, em discurso difundido nas redes sociais.

Esses moradores serão levados às regiões russas mais próximas, como a península da Crimeia, anexada em 2014 por Moscou, e as províncias de Rostov, Krasnodar e Stavropol, no sul da Rússia.

Há várias semanas, o Exército ucraniano realiza uma contraofensiva nesse território do sul da Ucrânia, anexado por Moscou e onde as tropas de Kiev garantem ter recuperado mais de 400 km² em menos de uma semana.

Kherson, localizada perto da fronteira da Crimea, foi a primeira grande metrópole ucraniana conquistada pelas forças russas desde o começo da guerra, em 24 de fevereiro.

O chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Josep Borrell, enviou uma forte mensagem ao Kremlin após ameaças veladas do presidente russo, Vladimir Putin, de recorrer a armas nucleares na Ucrânia. "Qualquer ataque nuclear contra a Ucrânia vai gerar uma resposta; não será uma resposta nuclear, mas será tão forte do ponto de vista militar que o Exército russo ficará aniquilado", disse o líder espanhol.

Para Borrell, o presidente Putin "garante que não está mentindo. E não pode se dar ao luxo de blefar agora". Mas "aqueles que apoiam a Ucrânia - a UE e seus Estados-membros, os Estados Unidos e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) - também não estão blefando", apontou.

Depois que o governo russo decidiu anexar quatro territórios da Ucrânia, Putin alertou que a Rússia terá o direito de usar todos os recursos à sua disposição para se defender, em uma clara referência às armas atômicas. O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, alertou que tal cenário, mesmo que com o uso de armas atômicas pequenas, teria "consequências graves".

A Otan ainda não ameaçou formalmente usar seu arsenal nuclear para responder à Rússia, já que a Ucrânia não é membro da aliança militar e não está coberta por sua cláusula de autodefesa.

A Otan ainda não ameaçou formalmente usar seu arsenal nuclear para responder à Rússia, já que a Ucrânia não é membro da aliança militar
📷 A Otan ainda não ameaçou formalmente usar seu arsenal nuclear para responder à Rússia, já que a Ucrânia não é membro da aliança militar |Reprodução

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, defendeu os laços econômicos de seu país com Moscou durante reunião com Putin no Cazaquistão. Mas Erdogan não se ofereceu para mediar o conflito entre Moscou e Kiev, algo que o Kremlin esperava.

No mesmo encontro, Putin propôs ao colega turco a criação de um "centro de gás" na Turquia para exportar gás para a Europa. O fornecimento de gás russo para a União Europeia está abalado como resultado das sanções do bloco contra Moscou e da falha do gasoduto Nord Stream.

A Turquia - que é membro da Otan - mantém um papel neutro e boas relações com seus dois vizinhos do Mar Negro. Erdogan se absteve de comentar sobre os ataques em massa lançados pela Rússia contra a Ucrânia no começo da semana, que visaram principalmente à infraestrutura de energia ucraniana e que deixaram ao menos 20 mortos.

Autoridades da região russa de Belgorod, fronteira com a Ucrânia, disseram que um bombardeio ucraniano causou a explosão de um depósito de munição em uma vila. Também relataram que um bombardeio ucraniano atingiu um prédio residencial na cidade de Belgorod, sem relatos de vítimas.

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O Exército ucraniano afirma ter repelido ataques russos perto das cidades de Bakhmutske, Ozaryanivka, Ivangrad, Marinka e Bakhmut. As forças pró-Rússia, por sua parte, alegaram ter tomado o controle das cidades de Opytne e Ivangrad, ao sul de Bakhmut.

Mais ao norte, houve disparos de artilharia em Yampil, perto do entroncamento ferroviário estratégico de Liman, reconquistado recentemente por Kiev.

Retornando da linha de frente, um soldado ucraniano afirmou que a cidade de Torske estava sob bombardeio russo.

No sul, Mikolaiv também sofreu ataques. Segundo seu prefeito, Oleksandr Sienkevych, um prédio residencial de cinco andares foi destruído. "Um menino de 11 anos foi retirado dos escombros e outras sete pessoas ainda podem estar presas."

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