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SUDESTE DO PARÁ

Confirmado caso positivo do ‘mal da vaca louca’ no Pará

O animal foi abatido e a fazenda com 160 cabeças de gado está isolada

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Imagem ilustrativa da notícia Confirmado caso positivo do ‘mal da vaca louca’ no Pará camera O resultado foi positivo para o animal entre sete e oito anos | Reprodução

A Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará) divulgou nesta quarta-feira (22) o resultado do teste do caso suspeito de Encefalopatia Espongiforme Bovina, conhecida como ‘mal da vaca louca’.

O resultado foi positivo para o animal (entre sete e oito anos), de uma propriedade localizada na Vila Cruzeiro do Sul, município de Itupiranga, no sudeste do Estado. No local tem 160 cabeças de gado – já isolada pela Agência. Enquanto que o animal com a doença foi abatido.

A propriedade foi inspecionada e interditada preventivamente. A sintomatologia indica que se trata da forma atípica da doença, que surge espontaneamente na natureza, não causando risco de disseminação ao rebanho e ao ser humano.

Para confirmar esta situação de isolamento e controle, amostras foram enviadas para laboratório no Canadá para tipificação do agente, se clássica ou atípica.

O governo do Estado está em contato permanente com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e trata do tema com transparência e responsabilidade.

REPERCUSSÃO

Com a confirmação, a China deve interromper a importação de carne do Brasil. A interrupção do comércio está previsto em um acordo sanitário assinado pelos dois países. A China é responsável por cerca de 60% da exportação de carne brasileira.

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Não há previsão de quanto tempo o embargo comercial duraria. Em 2019, quando um caso atípico foi registrado no Mato Grosso, a interrupção das exportações durou duas semanas.

Em 2021, quando dois casos foram registrados (um em Mato Grosso e outro em Minas Gerais), foi diferente. Na ocasião, a China ficou de portas fechadas para a carne brasileira por quase três meses, o que causou uma série de prejuízos aos criadores e frigoríficos locais.

AÇÕES DE FRIGORÍFICOS

O risco de esse cenário causou uma queda nas ações de empresas brasileiras que exportam proteína animal. Pesa, ainda, a ocorrência de casos de gripe aviária na Argentina e no Uruguai, perto da fronteira brasileira, o que pode ser um risco para a indústria de aves local.

No meio da tarde desta quarta-feira (22), as ações da Minerva caíam 7,3%. A China representa cerca de 40% das exportações do frigorífico, atualmente.

A BRF, cuja exportação maior é de suínos e aves, não saiu ilesa. A empresa, dona das marcas Sadia e Perdigão, recua 6,4% na Bolsa.

Já a JBS, que tem quase metade da receita gerada nos Estados Unidos, é menos afetada pelo problema. Caso a China feche as portas para o Brasil, as fábricas dos Estados Unidos ainda devem garantir boa parte do faturamento. As ações da companhia caem cerca de 3%.

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