Em 2022, o rebanho bovino cresceu pelo quarto ano consecutivo e alcançou novo recorde da série histórica, segundo a Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM), divulgada nesta quinta-feira (21) pelo IBGE. O crescimento de 4,3% fez o número de cabeças chegar a 234,4 milhões.
Apesar de Mato Grosso liderar o ranking nacional, o município com maior rebanho fica em São Félix do Xingu, no sul do Pará. A cidade se manteve na liderança nacional, com rebanho 2.522.608 (dois milhões e quinhentos e vinte e dois mil e seiscentos e oito).
Ainda no Pará, em 4º lugar ficou Novo Repartimento, no sudeste paraense, com um rebanho de 1.300.411 (um milhão e trezentos mil e quatrocentos e onze) e em 5º lugar Marabá com 1.300.000 (um milhão e trezentos mil).
De acordo com a analista Mariana Oliveira, da Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM), a produção de bovinos vem aumentando, desde 2019, devido aos bons preços da arroba e do bezerro vivo. “Houve um processo de retenção de fêmeas para reprodução, devido aos preços mais atrativos. Ainda temos em 2022, uma consequência desse comportamento iniciado no final de 2019. Mas a expectativa é de que a alta dos preços tenha se encerrado em 2022, quando observamos, também, aumento no abate de fêmeas”, aponta.
Todos os efetivos animais apresentaram crescimento, à exceção de codornas (-8,2%). Os plantéis de bovinos e suínos aumentaram 4,3% cada um; o de bubalinos 3,0%; equinos, 0,9%; caprinos, 3,9%; ovinos, 4,7%; galináceos, 3,8%; e galinhas, 2,4%. Houve ainda recorde nas produções de mel, que cresceu 9,5%, e de ovos de galinha com alta de 1,3%.
“Com a demanda interna enfraquecida e poder de compra da população reduzido, a exportação de produtos pecuários, sobretudo as carnes, foi a alternativa adotada para o escoamento da produção. As exportações atingiram um recorde e a China consolidou-se como importante mercado para as carnes, seja ela de frangos, suínos ou bovinos”, analisa Mariana Oliveira.
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VALOR DA PRODUÇÃO CRESCE 17,5%
O valor de produção de todos os produtos pecuários levantados na pesquisa, incluindo os da aquicultura, chegou a R$116,3 bilhões, significando um aumento de 17,5%. A produção de leite concentrou 68,8% deste valor, seguida pela produção de ovos de galinha (22,4%). No ranking municipal, considerando os seis principais produtos (leite, ovos de galinha, ovos de codorna, mel, lã e casulos de bicho-da-seda), Santa Maria de Jetibá (ES) apresentou o maior valor da produção, com R$ 1,6 bilhão, dos quais 95,0% são provenientes da venda de ovos de galinha, produto no qual lidera o ranking. Castro (PR) assumiu a segunda posição com R$ 1,2 bilhão, 98,7% proveniente da produção de leite. Bastos (SP) fecha o TOP3, sendo o segundo maior produtor nacional de ovos de galinha.
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