
A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta sexta-feira (28), a Operação LifeScan para combater crimes de armazenamento e divulgação de material sexual envolvendo crianças e adolescentes. A ação, realizada nos municípios de Santarém e Monte Alegre, no oeste do Pará, cumpriu dois mandados de busca e apreensão determinados pela Justiça Federal. Equipes da PF vistoriaram residências de investigados e apreenderam dispositivos eletrônicos que serão analisados para identificar autores e vítimas.
Objetivo e simbolismo da operação
A operação recebeu o nome “LifeScan” para simbolizar a proteção da vida infantil (“Life”) e o monitoramento digital (“Scan”) de atividades criminosas. O objetivo é desarticular redes que compartilham conteúdo abusivo e identificar responsáveis por crimes de exploração sexual de menores, considerados hediondos pela legislação brasileira.
A operação reforça o compromisso da Polícia Federal em combater crimes cibernéticos que violam a dignidade de crianças. Cada material apreendido será rigorosamente analisado para responsabilizar os envolvidos e resgatar vítimas.
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Como funcionou a ação
- Mandados judiciais: Cumpridos em endereços ligados a suspeitos de armazenar e distribuir conteúdo ilegal.
- Apreensões: Computadores, celulares, HDs e outros dispositivos foram coletados para perícia.
- Análise forense: Especialistas da PF vão examinar os dados para rastrear a origem do material e identificar vítimas.
Contexto de crimes cibernéticos contra crianças
Casos de pornografia infantil têm crescido no Brasil, impulsionados pelo uso de redes clandestinas (como a dark web) e aplicativos de mensagem criptografados. Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em 2023, o país registrou 95 mil denúncias de exploração sexual online de menores – um aumento de 23% em relação a 2022.
A Operação LifeScan integra uma estratégia nacional da PF para enfrentar esse cenário, com foco em inteligência digital e parcerias internacionais. É importante ressaltar que a identidade das vítimas e dos investigados não foi divulgada para garantir a integridade e segurança das vítimas.

Próximos passos
- Perícia técnica: Os dispositivos apreendidos passarão por análise para extrair provas e identificar IPs e usuários.
- Indiciamentos: Suspeitos podem responder por armazenamento e divulgação de pornografia infantil (art. 241 do ECA), com penas de até 8 anos de prisão.
- Proteção às vítimas: Identificados, os menores serão encaminhados a órgãos de assistência social.
Como denunciar:
- Disque 100 (Direitos Humanos): Denúncias anônimas e gratuitas.
- SaferNet: Plataforma online para relatar crimes cibernéticos (www.safernet.org.br).
Fontes: Polícia Federal do Pará / Ministério da Justiça e Segurança Pública.
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