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Justiça manda soltar os quatro suspeitos de matar Diogão

Crime aconteceu no dia 20 de setembro de 2020. Prisão dos acusados aconteceu em outubro de 2021 durante operação "Tora Bora"

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Imagem ilustrativa da notícia Justiça manda soltar os quatro suspeitos de matar Diogão camera Crime aconteceu no dia 20 de setembro de 2020 na orla de Marabá | Reprodução

O juiz convocado do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, Altemar Paz concedeu Habeas Corpus em favor dos principais acusados de articular a morte do empresário Diogo Sampaio de Souza, o “Diogão”, assassinado no dia 20 de setembro do ano passado.

Entre os argumentos usados pelos advogados dos acusados, a saúde está em primeiro lugar. Pelo menos no caso dos acusados, Diogo Costa Carvalho, o “Diogo do Betão” que seria o principal interessado na morte do Diogão, e Shirliano Graciano de Oliveira, o “Balão”, que seria o intermediário. Ambos, segundo o advogado deles, Rubens de Almeida Barros Júnior estariam com sérios problemas de saúde.

“Não existe prova ou fundamento algum na acusação. O meu cliente (Diogo Carvalho) é vítima, sofreu um atentado, levou cinco tiros, tem problemas de cabeça, é recém operado, sofre de hepatite e com pedra na vesícula, portanto no caso dele requer um tratamento de saúde”, explica o advogado Rubens.

Quanto ao Shirliano de Oliveira, segundo o advogado, sofre de vários males, entre eles, coração, pressão alta, entre outras.

As solturas deles não implicam dizer que são inocentes já que o desembargador Altemar Paz deixou bem claro na sentença que relatório do tratamento médico deve ser anexado ao processo e que os acusados são monitorados eletronicamente.

Quanto ao soldado Diego dos Santos, o advogado criminalista Arnaldo Ramos, também aposta e acredita que o acusado é inocente. “Vou comprovar durante o processo que o meu cliente é inocente, sequer estava em Marabá e sim em Parauapebas no dia dos fatos”, atesta.

Diogo Sampaio de Sousa, estava em pé, em frente a uma tradicional loja de Marabá, às proximidades da casa do sogro, conversando com um casal, quando foi surpreendido pelo tiro fatal.
📷 Diogo Sampaio de Sousa, estava em pé, em frente a uma tradicional loja de Marabá, às proximidades da casa do sogro, conversando com um casal, quando foi surpreendido pelo tiro fatal. |Reprodução

A revogação da prisão preventiva do policial foi concedida pelo juiz titular da 3ª Vara Criminal de Marabá, que aplicou as chamadas medidas cautelas previstas no Artigo 319 do Código de Processo Penal.

Veja também:

Empresário é assassinado com um tiro na orla de Marabá

Polícia prende acusados de envolvimento na morte de Diogão

Quanto ao soldado Rafael Bezerra, que teria emprestado a conta para movimentar o dinheiro da empreitada criminosa, recebeu a mesma atenção da Justiça, teve a prisão preventiva revogada.

Não foi possível manter contato com ele, tampouco com o advogado que o representa, porém a reportagem apurou que os argumentos usados para convencer a Justiça seria que as provas contra ele são poucas.

Os presos e o papel de cada um

A operação “Tora Bora” foi coordenada pelo delegado Walter Resende e culminou com a prisão dos envolvidos, em outubro, nesta empreitada criminosa onde cada um, de acordo com a investigação policial, teve uma participação, acompanhe. A operação aconteceu em outubro de 2021.

Diogo Costa Carvalho: Responsável por ser o autor intelectual do delito em razão de desavenças e disputas por áreas de mineração.

Diego Silva dos Santos: Policial Militar do Estado do Pará, responsável por monitorar a vítima e repassar as informações para os executores.

Carlos Lázaro Paiva Junior: Responsável por conseguir o veículo utilizado no crime.

Luís Cláudio de Araújo: Cabo da Polícia Militar do Estado do Maranhão foi o responsável pelo tiro falto.

Shirliano Graciano de Oliveira: Foi o responsável por intermediar as negociações entre os executores e o autor intelectual do delito.

Pablo Antonio Alves Rodrigues: Realizou o aluguel do veículo utilizado no crime portando documento falso.

Rafael Bezerra – Soldado da Polícia Militar do Maranhão e teria emprestado a conta para a movimentação do dinheiro da empreitada.

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