"Todo cuidado é pouco", já diz o velho ditado popular. Uma pecuarista de 38 anos foi assassinada dentro da própria casa dela, em um condomínio de luxo em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. O crime ocorreu na última quinta-feira (28).
As investigações apontaram que o assassinato foi praticado por duas domésticas que trabalhavam com a vítima Andréia Aquino Flores.
Lucimara Rosa Neves, de 43 anos, e Jéssica Nelis Antunes, de 24, foram presas em flagrante após confessarem ter envolvimento no latrocínio que ceifou a vida da patroa.
A versão das funcionárias de Andreia, que são mãe e filha, é de que foram até um atacado para fazer compras com veículo da vítima modelo Jeep Compass. Ao terminarem, voltaram para o carro e encontraram dois homens dentro. Aos policiais, afirmaram não lembrar se haviam ou não trancado o veículo.
Os suspeitos mandaram elas irem para casa de Andreia. No local, entraram na residência que tem várias câmeras. Os bandidos amarraram as funcionárias em um dos quartos da casa e levaram a pecuarista para outro quarto. Contaram, ainda, não saber explicar em detalhes o ocorrido durante o tempo em que ficaram em cárcere privado.
Pouco depois, os autores obrigaram a funcionária mais velha, a levá-los até o Bairro Tiradentes com o carro da pecuarista. Ao chegar no destino, liberaram a mulher. Já na residência da vítima, a outra funcionária conseguiu se soltar e foi até o quarto onde estava Andreia. Ela já estava morta. O corpo estava com várias lesões e com marcas de asfixia.
Diante das informações, os policiais da Delegacia Especializada em Repressão a Roubos e Furtos (Derf) realizaram a diligências para apurar a dinâmica do crime. A polícia constatou que a versão apresentada era fantasiosa e que ambas estavam envolvidas na morte da pecuarista.
A investigação apurou que no estacionamento do atacadista, o veículo da vítima foi aberto por controle remoto pelas próprias funcionárias. Neste momento, um homem entrou no veículo no banco traseiro do automóvel. Foi apresentada essa versão e elas revelaram a verdadeira dinâmica do crime.
Segundo a versão apurada pelos policiais, Lucimara convidou o cunhado, de 23 anos, para simular um roubo contra a vítima. No qual, Andreia tentou reagir e acabou sendo agredida e morta pelo homem por asfixia mecânica (esganadura). Após o fato, as mulheres jogaram água em Andreia, pensando que ela estaria apenas desacorda, mas já estava em óbito.
Para simular o roubo, durante o trajeto do supermercado e a residência da vítima, o trio parou para adquirir um simulacro de arma de fogo. O objeto foi encontrado por policiais na bolsa de Jéssica. Além disso, ficou esclarecido que os autores pretendiam também obter uma quantia de R$ 20 mil que deveria ser exigida da vítima através de PIX no momento do assalto.
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Em conversa com o delegado da Derf, Francis Flávio Tadano Freire, ele disse que as funcionárias trabalhavam há bastante tempo com a família da vítima e que confessaram o crime.
Desta forma, mãe e filha foram presas por latrocínio e os policiais seguem a procura do terceiro envolvido que continua foragido – que estaria com os objetos subtraídos da residência de Andreia.
Passagens pela polícia
A vítima era investigada pela tentativa de homicídio contra o ex-marido, Paulo Sérgio Ângelo, de 47 anos, em Ponta Porã (MS). O fato ocorreu no dia 19 de janeiro de 2022. Além de Andreia, a funcionária, de 43 anos, também possui passagem pela polícia por tráfico de drogas e desacato.
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