A Fazenda Rezende em São Geraldo do Araguaia, distante cerca de 280 quilômetros de Marabá, foi palco da morte de quatro pessoas de uma mesma família no dia 13 de junho de 2018. Foram mortos o pai Antônio Gonçalves de Souza; a mãe, Sandra Rosa Sales da Silva; o filho Charles da Silva Souza de 19 anos e Tatyele da Silva Souza de 16 anos.
Os corpos de Antônio, Sandra e Tatyele foram escondidos dentro do tronco de árvore de Castanha do Pará. O corpo de Charles da Silva foi encontrado dentro de uma vala.
Agora, na última quarta-feira (28), após a sessão do tribunal do júri presidida pelo Juiz de Direito Antônio José dos Santos, na Comarca de São Geraldo do Araguaia, o réu Adriano Fernandes dos Santos Costa (24 anos), foi condenado pelo assassinato de uma família inteira. Ele é o autor da chacina bárbara.
Para o Promotor de Justiça, Erick Fernandes, a sessão do tribunal do júri possui grande relevância para a família das vítimas e também para a população são-geraldense, visto a enorme comoção que o crime alcançou na cidade.
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Os crimes ocorreram no dia 13 de junho de 2018, na zona rural do município, na propriedade em que o réu residia na companhia das vítimas. O núcleo familiar vitimado era composto por Antônio Gonçalves de Sousa (41 anos), sua esposa Sandra Rosa Sales Silva (37 anos) e o casal de filhos Catielle Silva Sousa (16 anos) e Charles da Silva Sousa (18 anos).
A vítima Sandra Rosa era prima do réu e anos antes convidou Adriano para residir na fazenda juntamente com sua família, onde era tratado como filho pelo casal. Por volta das 14h, após ceifar a vida de Antônio, Sandra e Catielle, utilizando uma espingarda pertencente a Antônio, o réu ocultou os três corpos no interior de uma castanheira oca e aguardou até que Charles chegasse da escola, às 18h.
Ao perguntar por seus pais, Charles obteve do réu a resposta: “Matei todos eles. Quer ver?” Adriano o levou até a árvore oca e após mostrar os corpos deu ordem para que Charles corresse na direção do curral, até alvejá-lo fatalmente.
Os detalhes da ação criminosa foram fartamente expostos pelo réu durante o interrogatório policial. Já em plenário, assistido pela Defensoria Pública, o réu confirmou a autoria dos delitos, mas se absteve de responder quaisquer perguntas.
Após a denúncia oferecida pelo Ministério Público, o caso foi levado ao Tribunal de Júri, onde Adriano Fernandes foi declarado culpado, recebendo a sentença de 107 anos de prisão pelo cometimento de quatro crimes de homicídio qualificado por motivo fútil e três crimes de ocultação de cadáver.
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