As investigações da Polícia Civil de Goiás já descartaram qualquer possibilidade de a morte de mãe e filho estarem relacionadas a algum produto ingerido de uma doceria da cidade. E o pior, a suspeita principal é que a esposa do homem, tenha envenenado os dois, o que caracteriza duplo homicídio.
Policiais da Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH) prenderam no final da tarde desta quarta-feira (20) Amanda Partata, investigada pela morte, por envenenamento, de Leonardo Pereira Alves (58 anos) e Luzia Tereza Alves (86 anos), mãe e filho. Postagens em redes sociais associaram a morte de Leonardo e Luzia, no último domingo, a uma possível intoxicação ou envenenamento, já que os dois e a esposa de Leonardo, que está grávida, passaram mal e foram hospitalizadas após comerem produto de uma doceria, em Goiânia.
“A investigação da Polícia Civil descartou a possibilidade do homicídio ter relação com a produção de doces de uma famosa confeitaria da capital”, informou a Polícia Civil no início da noite desta quarta-feira.
Veja também:
- Veja vídeo: quatro jovens são executados a tiros em Marabá
- Militar que atropelou trabalhadores é liberado pela justiça
- 200 detentos sairão do presídio nesta sexta (22) em Marabá
Ainda segundo a Assessoria de Comunicação da PC/GO, o inquérito policial do caso tem mais de 150 páginas de uma investigação minuciosa. O delegado responsável pelo caso disse apenas que se trata de um caso bem complexo com “um grau de psicopatia que não dá pra explicar agora”.
“Ainda vamos ouvir a investigada. O que podemos adiantar é que se trata de um caso de duplo homicídio por envenenamento, sem qualquer relação com a doceria”, informou o investigador.
“Todos os detalhes serão explicitados em coletiva de imprensa nessa quinta-feira, às 10h, no auditório da Secretaria de Segurança Pública, com participação dos peritos da Superintendência de Polícia Técnico-Científica.
As mortes começaram a ser investigada na segunda-feira (18), após a morte de Leonardo. Em um boletim de ocorrência, a esposa dele afirma que a nora comprou o doce. Leonardo, Luzia e a própria mulher comeram do produto na manhã de domingo (17).
Cerca de três horas depois do consumo, Leonardo e Luzia começaram a sentir dores abdominais, além de também apresentarem vômitos e diarreia. Mãe e filho foram internados no Hospital Santa Bárbara, em Goiânia, mas não resistiram e morreram.
A nora, também conforme o relato, comeu a sobremesa em menor quantidade. Ela estava indo para Itumbiara, quando também começou a sentir os sintomas e retornou à capital.
A família acreditava que o doce havia causado as mortes por estar contaminado e, por isso, exigiu a investigação. A polícia e outros órgãos de fiscalização, como o Procon Goiás, visitaram as unidades da empresa Perdomo Doces para averiguar os produtos, em busca de irregularidades e evidências da contaminação.
Em nota nas redes sociais, a Perdomo Doces se solidarizou com a família das vítimas e disse que está colaborando com as investigações, “para permitir que essa família saiba a causa exata dos óbitos de seus entes queridos”. Também liberou acesso irrestrito a todas as lojas aos órgãos fiscalizadores. A Perdomo Doces pediu aos clientes que não compartilhassem informações falsas até a conclusão das investigações.
Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.
Comentar