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SUSPEITA DE ENVENENAMENTO

“Não foi o doce que matou mãe e filho”, diz polícia de Goiás

Mulher acusada de ter envenenado o marido e sogra foi presa no final da tarde desta quarta-feira (20) e, segundo o delegado responsável pelo caso, se trata de um caso bem complexo com “um grau de psicopatia”

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Imagem ilustrativa da notícia “Não foi o doce que matou mãe e filho”, diz polícia de Goiás camera Leonardo Pereira Alves (58 anos) e Luzia Tereza Alves (86 anos), mãe e filho, morreram algumas horas depois de comerem o doce, mas ele não foi o culpado | Reprodução

As investigações da Polícia Civil de Goiás já descartaram qualquer possibilidade de a morte de mãe e filho estarem relacionadas a algum produto ingerido de uma doceria da cidade. E o pior, a suspeita principal é que a esposa do homem, tenha envenenado os dois, o que caracteriza duplo homicídio.

Policiais da Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH) prenderam no final da tarde desta quarta-feira (20) Amanda Partata, investigada pela morte, por envenenamento, de Leonardo Pereira Alves (58 anos) e Luzia Tereza Alves (86 anos), mãe e filho. Postagens em redes sociais associaram a morte de Leonardo e Luzia, no último domingo, a uma possível intoxicação ou envenenamento, já que os dois e a esposa de Leonardo, que está grávida, passaram mal e foram hospitalizadas após comerem produto de uma doceria, em Goiânia.

“A investigação da Polícia Civil descartou a possibilidade do homicídio ter relação com a produção de doces de uma famosa confeitaria da capital”, informou a Polícia Civil no início da noite desta quarta-feira.

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Ainda segundo a Assessoria de Comunicação da PC/GO, o inquérito policial do caso tem mais de 150 páginas de uma investigação minuciosa. O delegado responsável pelo caso disse apenas que se trata de um caso bem complexo com “um grau de psicopatia que não dá pra explicar agora”.

“Ainda vamos ouvir a investigada. O que podemos adiantar é que se trata de um caso de duplo homicídio por envenenamento, sem qualquer relação com a doceria”, informou o investigador.

“Todos os detalhes serão explicitados em coletiva de imprensa nessa quinta-feira, às 10h, no auditório da Secretaria de Segurança Pública, com participação dos peritos da Superintendência de Polícia Técnico-Científica.

As mortes começaram a ser investigada na segunda-feira (18), após a morte de Leonardo. Em um boletim de ocorrência, a esposa dele afirma que a nora comprou o doce. Leonardo, Luzia e a própria mulher comeram do produto na manhã de domingo (17).

Cerca de três horas depois do consumo, Leonardo e Luzia começaram a sentir dores abdominais, além de também apresentarem vômitos e diarreia. Mãe e filho foram internados no Hospital Santa Bárbara, em Goiânia, mas não resistiram e morreram.

Inquérito policial do caso tem mais de 150 páginas; maiores detalhes da investigação serão divulgados na manhã de quinta-feira
📷 Inquérito policial do caso tem mais de 150 páginas; maiores detalhes da investigação serão divulgados na manhã de quinta-feira |Reprodução PC/GO

A nora, também conforme o relato, comeu a sobremesa em menor quantidade. Ela estava indo para Itumbiara, quando também começou a sentir os sintomas e retornou à capital.

A família acreditava que o doce havia causado as mortes por estar contaminado e, por isso, exigiu a investigação. A polícia e outros órgãos de fiscalização, como o Procon Goiás, visitaram as unidades da empresa Perdomo Doces para averiguar os produtos, em busca de irregularidades e evidências da contaminação.

Em nota nas redes sociais, a Perdomo Doces se solidarizou com a família das vítimas e disse que está colaborando com as investigações, “para permitir que essa família saiba a causa exata dos óbitos de seus entes queridos”. Também liberou acesso irrestrito a todas as lojas aos órgãos fiscalizadores. A Perdomo Doces pediu aos clientes que não compartilhassem informações falsas até a conclusão das investigações.

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