Tristeza, choro e muita comoção marcaram o sepultamento do professor de Matemática Kaique José Dias Oliveira, 23 anos. Abalados, amigos, familiares e alunos prestaram as últimas homenagens no final da tarde desta quarta-feira (28), a vítima, no Cemitério da Saudade, na Nova Marabá.
Familiares e amigos usaram camisas pretas para expressar o luto e a revolta com o assassinato do jovem docente. “Tá sendo um momento de muita dor, porque o Kaique era uma pessoa muito especial. As aulas dele eram incríveis. O jeito que ele trazia as aulas pra gente, uma maneira alegre e fácil. E como companheira de trabalho eu perdi um irmão. Está sendo um momento muito doloroso, saber o potencial que ele tinha e agora a gente não tem mais”, disse bastante emocionada, Julia Hemily, de 19 anos, ex-aluna e atual colega de trabalho da vítima.
Ela contou ainda que eles trabalhavam juntos em um cursinho popular e que no próximo final de semana iniciariam as aulas. “A gente fazia parte do movimento social, ele trabalhava lá e dava aula de matemática pra gente todo final de semana. Esse cursinho é gratuito, ele ajuda jovens que não tem condição de pagar um cursinho vestibular. Então ele ia atrás de jovens da periferia pra poder dar aula. O Kaique foi um dos fundadores, ele começou dando aula na Praça da Criança. Quando viram o talento do Kaique chamaram e criou o movimento, a Casa de Educação Popular (CEP)”, explicou.
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HOMENAGENS
O jovem professor era muito querido pelos alunos e inclusive o corpo dele passou pela escola particular onde trabalhava, onde recebeu homenagens dos alunos e colegas de trabalho.
CRIME
As imagens mostram o momento em que um homem já com uma arma na mão se aproxima da vítima que havia acabado de desembarcar de um ônibus no Terminal Rodoviário de Parauapebas vindo de Marabá e parou em um caixa eletrônico da rodoviária para efetuar um saque.
Sem dar chances de defesa, o criminoso se aproxima de Kaique e atirou na cabeça da vítima. Kaique cai e mesmo assim o pistoleiro continua efetuando disparos contra a vítima, que morreu na hora. Após o crime, o criminoso fugiu.
De acordo com a Polícia Civil, nas noites de segunda-feira Kaique ia até Parauapebas, onde ministrava aulas às terças-feiras e no final do expediente voltava para Marabá.
A Divisão de Homicídios trabalha para identificar e localizar o acusado do crime. Quem tiver informações que ajudem a polícia pode entrar em contato com o número 181.
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