A prisão dos dois fugitivos do presídio de Mossoró (RN) continua repercutindo em todo o Brasil. Eles foram capturados em uma ação estratégica envolvendo a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal no início da tarde desta quinta-feira (4) em Marabá, no sudeste do Pará. Eles foram transferidos para Mossoró ainda na noite desta quinta, em um avião da Polícia Federal.
Traficantes do Morro do Alemão, no Rio de Janeiro (RJ), traçaram a rota de fuga de Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento e forneceram abrigo, alimento, transporte, escolta e dinheiro aos fugitivos da Penitenciária Federal de Mossoró.
A intenção do grupo criminoso, conforme revelou a Polícia Federal, era levar a dupla para outro país.
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Eles chegaram até a receber um Pix de um criminoso da capital fluminense, no valor de R$ 5 mil, nos primeiros dias de fuga. Investigações apontam que bandidos do Norte e do Nordeste estavam instruídos a oferecer todo o apoio necessário a Rogério e Deibson.
Prisão
A localização dos dois fugitivos ocorreu na cidade de Marabá, no interior do Pará, após investigação da PF no âmbito da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco). A ação foi realizada na BR-222, com o apoio da PRF.
A partir das ações de inteligência como estratégia de recaptura, as investigações da PF indicaram que a dupla havia conseguido chegar até a Região Metropolitana de Belém (PA) e tinha planos de deixar o país.
Na quinta (4/4), a PF verificou que um comboio com três veículos iniciou deslocamento pela estrada que vai de Belém a Marabá, levando os fugitivos. Diante dos fatos, os policiais federais abordaram os carros utilizados pelos indivíduos na ponte sobre o Rio Tocantins.
Além dos dois fugitivos, foram detidas mais quatro pessoas, suspeitas de integrarem a rede de apoio dos criminosos. A polícia também apreendeu um fuzil calibre 5,56mm, os veículos e os celulares. O local da prisão fica a 1.600 quilômetros de Mossoró.
Os fugitivos foram conduzidos à delegacia de Polícia Federal em Marabá e transferidos na madrugada desta sexta (5) para a Penitenciária Federal de Mossoró. Os demais presos foram encaminhados ao sistema penitenciário do Pará.
“[A unidade de Mossoró está] totalmente reformulada, no que diz respeito aos equipamentos de segurança. Eles ficarão separados e haverá vistorias diárias”, destacou, nessa quinta, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski.
As investigações da Polícia Federal seguem para apurar as circunstâncias da fuga e identificar todos os envolvidos na rede de apoio.
Ministério da Justiça
A fuga representou a primeira crise desde que o ministro Ricardo Lewandowski assumiu o Ministério da Justiça e Segurança Pública. A gestão do ministro aposentado do STF — sob a qual também se deu a elucidação do assassinato da vereadora Marielle Franco — tem reiterado o compromisso no combate ao crime organizado.
A prisão alivia parte da pressão sobre a pasta e as forças de segurança, mas deixa um alerta ligado, sobretudo por se tratar da primeira fuga registrada nas cadeias federais do Brasil.
Deibson e Rogério escaparam da prisão de segurança máxima por volta das 3h30 de 14 de fevereiro. Após 51 dias de buscas, que envolveram centenas de agentes das forças de segurança, a dupla foi presa na tarde dessa quinta-feira (4/4), na BR-222, nas proximidades de Marabá, no Pará.
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