A Polícia Civil iniciou nesta segunda-feira (17), a reconstituição do assassinato da tatuadora Flávia Alves Bezerra, de 26 anos. O crime aconteceu em abril deste ano, após a vítima sair de um bar, em Marabá, no sudeste do estado.
A reconstituição foi realizada pela Delegacia de Homicídios da Polícia Civil, juntamente com a Polícia Científica no condomínio em que os acusados moravam. Os trabalhos prosseguem nesta terça-feira (18).
O procedimento faz parte do inquérito policial e tem como objetivo colaborar com as investigações, além de validar os depoimentos de testemunhas, indiciados e vítimas.
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Willian Araújo Sousa se recusou a participar, apenas Deidyelle de Oliveira Alves, e o irmão dela, David de Oliveira Alves participaram. A reprodução simulada contou com a presença de testemunhas e de 25 policiais.
O delegado Walter Ruiz, que investiga o crime, afirma que a reprodução simulada é uma fase fundamental para a elucidação do caso. “A finalidade deste exame é esclarecer alguns pontos que não foram esclarecidos inicialmente e chegar o mais próximo da verdade. Ou seja, trazer elementos para que a gente consiga efetivamente fazer justiça para todos”, informou.
Dentre os crimes apurados, está o homicídio qualificado, ocultação de cadáver e fraude processual. “E nesse sentido, a gente tenta apurar com maiores detalhes esses outros delitos que aconteceram após o crime contra vida”, disse o delegado.
MOTIVAÇÃO
Sobre a motivação para o crime, o delegado informou que para a polícia Flávia foi morta por que houve um menosprezo pelo fato dela ser mulher. “O que a gente pode falar nesse primeiro momento é que houve um menosprezo na condição de mulher, foi um crime praticado de tal maneira, com relação com que a vítima se encontrava em situação de vulnerabilidade”, ponderou.
RECONSTITUIÇÃO
O coordenador de Perícias Genéricas da Polícia Científica, Jadir Ataíde dos Santos, falou da importância da reprodução simulada para o inquérito. “A gente precisa ouvir os envolvidos e reproduzir as falas deles. Então, a ideia é que depois a gente faça uma comparação do que a gente tem no inquérito com o que foi dito no local e ver se essas versões se sustentam”, disse.
O material colhido aqui será levado para Belém e o prazo para que o documento fique pronto varia de 30 a 40 dias.
O advogado de defesa de Deidyelle de Oliveira Alves, Israel Lima Ribeiro, acompanhou o trabalho da perícia. “A gente sabe que esse é um trabalho importante e de fundamental importância, que vai contribuir para o processo, para o esclarecimento da participação direta da Deidyelle, vai esclarecer de fato, qual foi à participação dela”, ponderou.
O assistente de acusação, o advogado Diego Souza também estava lá e disse que a família de Flávia Alves está apreensiva. “A família está apreensiva, em luto pela grande perda que teve e a gente tem a ciência e tem a certeza de que a Polícia Civil, juntamente com a Polícia Científica vai chegar ao mais próximo possível da realidade que aconteceu aqui”, disse.
Além do condomínio, a reconstituição também ocorreria em Jacundá, onde o corpo da vítima foi ocultado.
RELEMBRE O CASO
A tatuadora Flávia Alves estava desaparecida desde 14 de abril após sair para um bar com amigos em Marabá. O corpo da jovem foi encontrado dentro de uma cova rasa em Jacundá na noite do dia 26 de abril. Willian Araújo Sousa, de 31 anos, também tatuador, e a esposa dele, Deidyelle de Oliveira Alves foram presos suspeitos do crime. Will, como é conhecido, segue preso. Já Deidyelle responde ao crime de ocultação de cadáver em liberdade. (Com informações Elioenay Brasil da RBATV)
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