![Nova ocupação em área próximo ao viaduto que dá acesso ao bairro Nossa Senhora Aparecida, popularmente conhecido como Coca-Cola, na Nova Marabá Imagem ilustrativa da notícia Por que 140 famílias se recusam a deixar área em Marabá?](https://cdn.dol.com.br/img/Artigo-Destaque/860000/1200x0/OCUPACAO-1_00869800_0_-t.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.dol.com.br%2Fimg%2FArtigo-Destaque%2F860000%2FOCUPACAO-1_00869800_0_.jpg%3Fxid%3D2905615&xid=2905615)
Há cerca de uma semana, uma nova ocupação urbana surgiu em Marabá, no sudeste do estado. A área ocupada fica entre as margens da Estrada de Ferro Carajás e o viaduto que dá acesso ao bairro Nossa Senhora Aparecida, popularmente conhecido como Coca-Cola, na Nova Marabá.
Nesta sexta-feira (2), agentes da Delegacia de Conflitos Agrários (Deca) intervieram na ocupação, que já conta com 140 famílias. O delegado Vannir Fernandes explicou que o papel da Deca, neste primeiro momento, é orientar e esclarecer as eventuais implicações jurídicas para os ocupantes, na esperança de que desistam voluntariamente da ocupação.
![Policiais da Deca estiveram no local na manhã de hoje (2)](https://cdn.dol.com.br/img/inline/860000/767x0/OCUPACAO-2_00869800_0_.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.dol.com.br%2Fimg%2Finline%2F860000%2FOCUPACAO-2_00869800_0_.jpg%3Fxid%3D2905618%26resize%3D380%252C200%26t%3D1722613997&xid=2905618)
CONTEÚDO RELACIONADO:
- Justiça determina que sem terra saiam da fazenda Mutamba
- MST ocupa duas fazendas em Parauapebas e clima é tenso
Por outro lado, o advogado dos ocupantes, Elho Araújo, argumenta que não existe uma liminar de reintegração de posse da área, o que impede a polícia de retirá-los. "Não existe uma ordem do poder judiciário", afirmou. Araújo destacou a questão social da habitação no Brasil, apontando que muitos bairros em Marabá, como Nossa Senhora Aparecida, Araguaia, Bairro da Paz, e ocupações na Folha 25 e 14, surgiram de ocupações devido à ausência de ações do poder público.
Segundo Araújo, a população local não tem poder aquisitivo para comprar terrenos e, por isso, ocupam áreas abandonadas que servem apenas como depósitos de lixo e animais mortos. "Eles estão cumprindo a função social da propriedade, conforme está na Constituição", disse.
![Famílias estão há uma semana na área](https://cdn.dol.com.br/img/inline/860000/767x0/OCUPACAO-3_00869800_1_.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.dol.com.br%2Fimg%2Finline%2F860000%2FOCUPACAO-3_00869800_1_.jpg%3Fxid%3D2905619%26resize%3D380%252C200%26t%3D1722613997&xid=2905619)
Proprietário e Documentação
O proprietário da área, Cornélio Pereira Bitaraes, apresentou ao delegado documentos e títulos de propriedade, visando convencer os ocupantes a deixarem o local. Policiais militares monitoraram a situação à distância e não houve registro de incidentes.
![Policiais militares monitoraram a situação à distância](https://cdn.dol.com.br/img/inline/860000/767x0/OCUPACAO_00869800_2_.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.dol.com.br%2Fimg%2Finline%2F860000%2FOCUPACAO_00869800_2_.jpg%3Fxid%3D2905620%26resize%3D380%252C200%26t%3D1722613997&xid=2905620)
Intervenções e Investigação
Trabalhadores da Equatorial Energia estiveram no local para desfazer ligações clandestinas de energia elétrica. A Polícia Civil anunciou a abertura de um inquérito para apurar eventuais crimes de esbulho, turbação e furto de energia elétrica.
Comentar