
Raimundo Nonato de Oliveira Lopes, conhecido como “Nonato”, investigador da Polícia Civil, foi condenado a mais de 10 anos de prisão por um crime cometido em 2002. Ele é um dos envolvidos na chacina da Fazenda Santa Lúcia, em Pau D’Arco, sul do Pará, onde dez pessoas foram mortas durante uma operação policial em 24 de maio de 2017.
Nonato foi apontado como um dos participantes da operação que resultou nas mortes e obteve benefícios por meio de delação premiada durante as investigações. Nenhum dos acusados de participação estava preso.
No início de março deste ano, agentes da Delegacia de Crimes Funcionais (Decrif) prenderam Raimundo Nonato enquanto ele estava de plantão em uma delegacia de Polícia Civil em Belém.
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A prisão ocorreu em cumprimento à ordem de detenção, após a Justiça sentenciá-lo a 10 anos de reclusão em regime fechado por tentativa de assalto à mão armada.
O crime ocorreu em 2002, quando Nonato ainda era aspirante na Academia de Polícia Civil do Pará. Ele e um comparsa tentaram assaltar uma vítima que havia acabado de sair de uma agência bancária no bairro dos Canudos, em Belém, carregando R$ 14 mil.
Durante a abordagem, eles tentaram forçar a vítima a entrar em um veículo para consumar o roubo, mas foram surpreendidos por uma policial militar que desconfiou de sua atitude e prendeu os dois em flagrante.
Após 23 anos, a Justiça julgou o caso e determinou a cassação de seu cargo na Polícia Civil. Atualmente, Nonato cumpre pena em uma das celas da Delegacia Geral de Polícia Civil em Belém.
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