Tornaram-se comuns os adesivos que representam membros de uma família, colados nas carrocerias dos carros. Neles estão o pai, a mãe, os filhos e até os animais de estimação, como cachorros, gatos e pássaros. Só que essa mania tem um lado perigoso, conforme alerta a Polícia Militar. É que alguns golpistas usam estratégias para obter informações sobre as pessoas. No golpe do falso sequestro, por exemplo, o adesivo pode ajudá-lo a convencer a vítima, pois terá ideia de como é a família.
Um dos que aderiu à moda dos adesivos foi o empresário Rubens Torres, que tem a sua imagem, da esposa, do filho e do cachorro representadas na traseira de seu Fiat Uno. E ao contrário do que diz a recomendação policial, Rubens não se preocupa com a segurança. “O bandido vai se preocupar mais com o valor do carro que com o adesivo. O que conta é a facilidade na abordagem. O adesivo se tornou tão popular que o criminoso ficaria indeciso”, justifica.
A opinião é endossada pelo publicitário Ronaldo Silva, que tem o colante da sua grande família em seu Renault. “Se o ladrão estiver interessado no veículo ou na pessoa, não será o adesivo que vai influenciar. Ou será que o bandido vai se sensibilizar ao ver que a família é grande, tem cachorro, papagaio e um peixe?”, acredita Ronaldo. “Ladrão escolhe a vítima pela oportunidade”, conclui. A Polícia Militar acredita que o adesivo pode ser mais perigoso também ao ficar à mostra na garagem de uma residência.
Para os crimes por telefone, o acessório denuncia. O mesmo vale para os colantes ‘currículo’ (aqueles que mostram qual faculdade o dono do carro frequenta, por exemplo), que contêm informações sobre a vida particular das pessoas. Há ainda aqueles que citam o nome de crianças, do tipo “Fulano está a bordo”.
Por outro lado, para quem tem medo de sequestros tradicionais ou dos chamados relâmpagos, a segurança pública tranquiliza, pois esses tipos de crime são planejados e os adesivos pouco podem acrescentar. No caso do sequestro relâmpago, o objetivo é encontrar uma pessoa com dinheiro e cartões bancários. Conhecer a estrutura familiar não vai aumentar ou diminuir o potencial de uma pessoa se tornar vítima.
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