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OPINIÃO

Gerson Nogueira destaca situação do Remo e Copa América

Arbitragem tem interferido no desempenho azulino.

Imagem ilustrativa da notícia Gerson Nogueira destaca situação do Remo e Copa América camera Em Curitiba, gol legal foi anulado. | Divulgação/Coritiba

Leão tropeça na arbitragem

O Remo completou na sexta-feira à noite a incômoda marca de seis jogos sem vitória na Série B. A ironia é que, diante do vice-líder Coritiba, o time esteve muito perto de vencer. Mostrou boa distribuição em campo, marcou com eficiência e atacou com mais frequência do que o habitual. Acabou castigado com a anulação de um gol legal de Renan Gorne aos 29 minutos do 2º tempo. Pior: logo na sequência, o Coritiba foi ao ataque, fez 2 a 1 e liquidou a fatura.

Duro golpe para o aguerrido time do Leão, que jogou com bravura e intensidade o tempo todo. Netão acertou em manter Erick Flores, quase um dínamo, aparecendo em todos os setores e fazendo gol. O jogo confirmou a boa fase do lateral Igor Fernandes, que deu as assistências para o gol de Erick e para o gol invalidado de Gorne.

Tiago Ennes voltou a atuar bem, Vinícius estava em noite inspirada e Uchoa achou um ponto de equilíbrio entre a marcação e a ajuda a Felipe Gedoz na articulação. Não foi uma partida perfeita, mas houve evolução e o resultado não foi justo com o Remo.

A equipe teve lá seus erros. Em três momentos pontuais: na bobeada de Lucas no início da partida, que quase resultou em gol; no primeiro gol do Coxa, quando a bola desviou em Kevem; e, no segundo gol, uma falha do mesmo Kevem, que não subiu para cortar a bola alta que foi em direção a Léo Gamalho no segundo pau.

Apesar dessas falhas, os pontos positivos merecem ser destacados. Pela primeira vez, o time atuou com o mesmo nível de entrega do começo ao fim. Nos últimos jogos, sempre havia uma queda abrupta de rendimento nos minutos finais. E não estou atribuindo a Paulo Bonamigo a responsabilidade por isso, apenas constatando.

Netão não alterou a formação titular, mas agiu bem em dar liberdade para Erick, que fez seu melhor jogo desde que chegou ao clube. Foi ousado em lançar Tiago Miranda quando Rafinha se lesionou, mas podia ter sido ainda mais audacioso: Dioguinho seria uma alternativa interessante diante da marcação meio indolente do Coxa.

A transição ofensiva, ponto fraco do time, continua sem uma solução, mas a aproximação entre os homens de meio pode ajudar, embora a queda de rendimento de Lucas Siqueira seja um empecilho. Longe das manobras no ataque, o volante perde força e produz menos.

Gedoz pareceu mais empenhado em contribuir, mas ainda está devendo participação mais efetiva. Com um atacante de lado ágil (Lucas Tocantins ou Victor Andrade) e um meio-campista avançado (Marcos Jr.), o Remo tende a crescer com Felipe Conceição. A condição atual é preocupante, mas a reação é possível.

Deixei o tema arbitragem para o final. Pode-se dizer que lambanças em lances de impedimento são quase inevitáveis na Série B. A ausência do VAR agrava o quadro. Contra o Náutico, um gol irregular foi marcado contra o Remo. Em Curitiba, um gol absolutamente legal (Gorne estava na mesma linha) foi anulado.

São prejuízos imensos e irrecuperáveis, pelo menos quatro pontos desperdiçados. Longe de gerar abatimento, os erros da arbitragem devem servir para que o Remo se empenhe ainda mais em responder em campo, jogando bola e conquistando pontos.

Bola na Torre

Guilherme Guerreiro apresenta o programa, a partir das 23h30, na RBATV. Participações de Giuseppe Tommaso e deste escriba de Baião. Em pauta, a participação dos clubes paraenses nas séries B, C e D. A edição é de Lourdes Cézar.

Na esperança de que Tite esteja vendo a Euro

Aos trancos e barrancos, o Brasil conservou sua condição de favorito ao título da Copa América derrotando o Chile por 1 a 0, na sexta-feira à noite. Acompanhar o jogo foi um exercício de resiliência. A falta de empolgação dos jogadores era um troço quase contagiante. Para tornar tudo mais complicado, Gabriel Jesus foi expulso logo no início do 2º tempo.

Por sorte, Lucas Paquetá, que é claramente um dos eleitos de Tite para ir à próxima Copa, já havia feito o gol brasileiro. Com um homem a menos, a Seleção sofreu pressão, mas não em dosagem suficiente para ameaçar a vitória. A semifinal contra o Peru será um repeteco da decisão de 2019, com remotas chances de alguma zebra.

O fato óbvio é que a competição foi trazida para o Brasil, desafiando os números avassaladores da covid-19 e a alta média de contágio, e será vencida pelo time de Tite, mesmo que as dificuldades aumentem ligeiramente de envergadura na reta final.

Aliás, todo mundo torce para que Tite tenha tempo de aproveitar o intervalo entre os jogos da Copa América para ficar de olho na Eurocopa. Ele vai observar a intensidade e a fluidez das partidas, a ausência de economia com ataques.

O técnico do escrete poderá perceber também que o drible, quase em desuso entre os brasileiros, continua em alta no Velho Continente. Lances em velocidade, sem embromação ou medo, são outros pontos a imitar.

Todo mundo sabe que o futebol bem jogado já não é um ativo sul-americano. Faz tempo que deixamos de lado o talento para priorizar o resultado. Os europeus não abrem mão da vitória, mas entenderam que é muito melhor vencer com alegria e qualidade.

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