A Tuna aprontou das suas ontem dentro do Evandro Almeida e quebrou a invencibilidade do Remo no campeonato. Méritos totais da equipe cruzmaltina, que triunfou por ter combinado esforço e organização. Não foi uma atuação assombrosa, mas o time se distribuiu bem em campo, aproveitando as brechas para encaixar contragolpes perigosos.
Germano, o camisa 10 da Tuna, foi o jogador mais lúcido do confronto, embora tenha sido também um dos mais violentos, ao deixar o braço no rosto dos adversários. Foi o autor de lançamentos que geraram dois gols.
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Com muita correria pelos lados e dura marcação atrás, a Lusa se postou de uma forma a não permitir que o Leão se impusesse em campo. Deu certo. Explorou os passes errados do meio-campo azulino e passou a pressionar. Abriu o placar num escanteio logo aos 11 minutos. A zaga parou e Dedé apareceu para cumprimentar.
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O lance do primeiro gol escancarou deficiência grave da defesa do Remo: aceitou o cruzamento baixo, sendo a lambança completada com o imobilismo do goleiro Marcelo Rangel, que não se antecipou aos atacantes.
Na base do entusiasmo, embora sem inspiração ou jogadas lúcidas, o Remo voltou ao ataque e, através de Felipinho, chegou ao empate. Aos 16’, ele foi à linha de fundo e cruzou rasteiro. A bola desviou em Marlon e entrou. A insistência com as jogadas pelos lados finalmente dava resultado.
Nem houve tempo para o torcedor azulino festejar. O segundo gol cruzmaltino surgiu de um novo deslize do goleiro, aos 24’. O zagueiro Ícaro, que estava à frente de Marcelo Rangel, deixou o cruzamento de Wander passar e a bola entrou após um leve toque do artilheiro Chula.
Ainda no primeiro tempo veio o novo empate azulino. Em cruzamento de Felipinho, aos 34’, a bola atravessou a área e caiu na cabeça de Jaderson, que desviou no ângulo esquerdo da trave. O Remo se animou, tentou pressionar em busca do terceiro gol, mas a Lusa se fechou bem.
No reinício da partida, com mudanças nas equipes, o Leão voltou buscando. Ricardo Catalá trocou Pavani por Ribamar, recuando Ytalo para a armação. Aos 21 minutos, após escanteio, Ícaro cabeceou para as redes, mas o árbitro anulou o lance, apontando falta que não existiu.
Ribamar quase deixou o seu aos 23’, chutando à esquerda da trave de Iago Yass. A fim de reforçar as ações ofensivas, Catalá lançou Camilo e Kelvin no lugar de Marco Antônio e Felipinho. A mexida não deu certo. Camilo embolou com Raimar pela esquerda e Kelvin não conseguiu jogar.
Quando o jogo parecia entrar na monotonia, Ribamar foi lançado na área, recebeu pressão de Dedé e o árbitro marcou um pênalti duvidoso. Ytalo foi cobrar e praticamente recuou para o goleiro tunante. A perda do penal baixou o entusiasmo dos remistas e a Tuna cresceu.
Nos minutos finais, o time de Júlio César teve duas boas jogadas em contra-ataque, uma puxada por Jayme e outra por Germano, que lançou Gabriel na esquerda. Ele driblou Vidal e bateu cruzado. Marcelo Rangel não conseguiu deter a bola, que foi direto para o fundo das redes.
Grande e merecida vitória lusa, sustentada em confiança e aplicação. Do lado azulino, os erros mostrados contra o PSC se repetiram, principalmente quanto à cobertura da zaga. Desta vez, as bolas entraram.
Nicolas marca um golaço; Hélio passa do ponto
Nicolas, um dos artilheiros do Parazão, fez um golaço anteontem na Curuzu. Aos 22 minutos, recebeu uma bola no grande círculo do meio-campo e mandou pelo alto, encobrindo o goleiro Henrique, que estava bastante adiantado.
Pela beleza do lance, o gol foi muito comemorado pela torcida bicolor presente ao estádio. Apenas alguns minutos depois, o Bragantino conseguiu o empate, com Charles cobrando falta, após expulsão de Jean Dias.
Aí o jogo virou um sofrimento para o Papão, que tentou de todas as formas chegar ao empate e correu o risco de sofrer a virada do Braga – o artilheiro Gileard perdeu três incríveis oportunidades. Até que, aos 46’, Juninho driblou na área e bateu cruzado para desempatar.
Se o gol de Nicolas foi o grande destaque da noite, a bola fora ficou por conta das falas do técnico Hélio dos Anjos no pós-jogo. Bem ao seu estilo, o técnico atacou duramente a arbitragem de Wanbelton Valente e insinuou que haveria algo pensado para prejudicar o PSC.
Duas frases foram particularmente graves: “Ninguém vai tomar meu campeonato na mão dura” e “vi aqui hoje que estão querendo tirar esse campeonato nosso”. Uma coisa é criticar erros do árbitro – que, de fato, ocorreram –; outra, bem diferente, é questionar a lisura da competição.
Quando age assim, o experiente técnico passa do ponto, insulta outros profissionais e perde a razão. Pela falta de freios nas declarações, Hélio foi suspenso no STJD por nove jogos em competições oficiais da CBF. Ele foi acusado de proferir xingamentos homofóbicos contra a arbitragem no jogo diante do Volta Redonda, pela Série C do ano passado.
Ao que parece, a lição não foi aprendida.
Japiim é lanterna e decepção do campeonato
O Castanhal perdeu outra partida e se isolou na lanterna do Parazão, com apenas dois pontos. De quebra, a má campanha custou a cabeça do técnico Wilton Bezerra. O Japiim é sério candidato ao rebaixamento e grande decepção do campeonato, juntamente com o campeão Águia.
Na tarde de ontem, a equipe foi novamente derrotada em seu próprio campo. Perdeu para o Caeté por 3 a 2. Os visitantes abriram o placar aos 10 minutos, com Jorge Pet. O Castanhal empatou aos 24’, com João Vítor.
No 2º tempo, o Caeté voltou com tudo. Maranhão, aos 16’, e Fidélis, aos 33’, ampliaram. No desespero, o Japiim tentou diminuir o estrago e fez o segundo gol com Felipe Gedoz, aos 37’. Com a queda de Wilton Bezerra, o mais cotado para assumir é Emerson Almeida, ex-Canaã.
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