O vídeo em que o cantor Chyco Salles aparece no palco sendo vítima de um fã durante um show no município de Oeiras do Pará, no nordeste paraense, viralizou e reacendeu o debate sobre importunação sexual entre os artistas paraenses.
Nas imagens é possível ver o momento em que um homem, que está bem próximo ao palco, passa a mão no cantor, que revida logo em seguida.
As imagens são fortes e possuem palavras de baixão calão:
O DOL conversou com Chyco Salles, que lamentou o ocorrido. “Foi uma reação natural que eu tive. O fato é que atitudes como essa não podem ficar banalizadas. Isso é desprezível, só nos resta a lamentar”, disse ele.
Segundo Salles, ele pretende transformar o ocorrido em uma música, como forma de protesto e alerta.
“Pretendo fazer uma música, já estamos trabalhando nisso. As pessoas precisam ser mais educadas, alguma coisa precisa ser feita. Acredito que com as mulheres seja ainda pior”, lamentou ele, acrescentando que no mesmo show, o cantor Nelsinho Rodrigues, passou pela mesma situação durante sua apresentação.
“Aconteceram coisas com o Nelsinho também nesse mesmo show, assediando ele. Um cara subiu oito vezes no palco”, contou.
Chyco Salles e Nelsinho Rodrigues não foram os únicos artistas, vítimas de importunação sexual durante shows. Na semana passada, a vocalista da Banda Batidão do Melody, Thaciane, sofreu assédio de um homem que estava na plateia.
Em meio ao show realizado no Maranhão, a cantora se abaixou e se aproximou do público para fazer fotos, momento em que o homem se aproximou e tocou em sua genitália.
A cantora escrachou o assediador em meio ao show.
Em nota, Thaciane lamentou a agressão e disse que “respeito é bom e todo mundo gosta”.
Ximbinha também foi vítima de um fã durante um show do Grupo Cabaré do Brega, realizado no município de Abaetetuba, no nordeste paraense.
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O caso mais comum é o assédio sofrido por mulheres em meios de transporte coletivo, mas também enquadra ações como beijos forçados e passar a mão no corpo alheio sem permissão. O infrator pode ser punido com prisão de um a cinco anos.
Ainda de acordo com o CNJ, antes da norma, a conduta era considerada apenas uma contravenção penal, punida com multa, e quando se tratava de estupro, era prisão em flagrante ou preventiva. Sancionada em setembro de 2018, a lei passou a garantir proteção à vítima quanto ao seu direito de escolher quando, como e com quem praticar atos de cunho sexual.
As pessoas que se sentirem vítimas podem fazer denúncias à Polícia Militar, Guarda Municipal ou até à Polícia Civil.
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