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Guataçara Monteiro faz mostra virtual de pinturas inspiradas pela região
Com o intuito de mostrar a importância da floresta amazônica para a manutenção da vida no planeta, neste mês dedicado ao meio ambiente, o artista plástico paraense Guataçara Monteiro apresenta a exposição virtual “Amazônia é Vida” nas suas redes sociais.
quarta-feira, 17/06/2020, 09:11
- Atualizado 17/06/2020, 12:37
- Autor: Aline Rodrigues
As obras multicoloridas exaltam a biodiversidade e a vida na Amazônia | Reprodução/Instagram
Com o intuito de mostrar a importância da floresta amazônica para a manutenção da vida no planeta, neste mês dedicado ao meio ambiente, o artista plástico paraense Guataçara Monteiro apresenta a exposição virtual “Amazônia é Vida” nas suas redes sociais. A mostra traz, a cada dia, uma obra, que ganha um texto ou vídeo de convidados, com informações importantes sobre o universo proposto pelo artista, focando na biodiversidade, cultura popular, fé e o jeito de viver dos povos da floresta. Entre as pessoas que já fizeram participações estão os cantores e compositores Nilson Chaves, Lucinnha Bastos e Maria Lídia, a arqueóloga e pesquisadora do Museu Emílio Goeldi, Edithe Pereira, e a atriz Eliane Giardini.
“O grande objetivo dessa exposição é sensibilizar o maior número possível de pessoas para o rico patrimônio que nós temos e que, a cada dia, segue mais e mais ameaçado”, diz Guataçara, que traz em sua arte um colorido que encanta os olhos e traços inspirados na cultura amazônica, na biodiversidade da floresta e uma paixão pela arte rupestre e cerâmicas marajoaras
“Trago comigo, com muito orgulho, minha raiz paraense. Quem olhar para as minhas obras imediatamente enxergará um Pará colorido, com seus cheiros, sabores, cultura popular, ancestralidade e fé. Trago em meu coração as cidades de Castanhal e Santa Maria do Pará, como um grande celeiro de inspiração e também onde residem a maioria de meus familiares, os quais visito cerca de duas vezes ao ano”, explica o artista plástico, que nasceu em Castanhal, mas desde 2013 vive em Igaratá, interior de São Paulo.
Um das pinturas da exposição é a “Borboleta da Mata”, de 2017, uma acrílica sobre tela que compõe o acervo da Galeria Victor Hugo, da cidade de São José dos Campos, descrita pelo autor como uma exuberante borboleta azul metalizada, repleta de preenchimentos que remetem ao belo e essencial. Na opinião dele, algo que nos possibilita refletir e criar diálogos, inspirados na metáfora da transformação da lagarta à borboleta.
“Em isolamento social, estamos ‘encasulados’, vivendo diferentes processos de transformações pessoais e, do fundo do meu coração, desejo que estejamos nos transformando em uma humanidade melhor e mais consciente de nossas obrigações para conosco, para com os outros e para com o planeta”, comenta o artista.
Uma publicação compartilhada por Guataçara Monteiro (@guatacaramonteiro) em
Nessa obra postada, a convidada para comentar foi a atriz Eliane Giardini, que recentemente conheceu a arte e os projetos sociais de Guataçara, e tornou-se uma apoiadora. “Essa borboleta lembra muito a minha infância em Sorocaba. A gente ficava magnetizada. O Guataçara me disse que os índios acreditam que essa borboleta só está em lugares onde há equilíbrio. É bonito isso e me lembra este mantra que a gente vem repetindo de pisar o pé sobre a terra, de se sentir parte desse todo, que não há nada separado”, diz a atriz.
Em vídeo-convite que circula nas redes sociais chamando atenção à exposição, a intérprete de Anastácia de “Eta Mundo Bom!” também destacou o trabalho de Guataçara, junto com outros artistas, levando arte e música a comunidades. “Eles pintam as fachadas, fazendo florescer no meio desse Brasil a beleza que retrata a biodiversidade da Amazônia. E nunca se fez tão necessário a gente pedir às pessoas para se conscientizem sobre esse patrimônio da nossa floresta, que está sendo devastado”, alerta a atriz.
MEMÓRIAS
A exposição tem ainda “Nativa”, retrato do cotidiano ribeirinho na Amazônia; “Tropical – I”, que mostra o olhar do artista sobre a floresta tropical e seus encantos; “Tucanuçu”, referência a uma ave comum em todo o Brasil e que faz parte da memória de infância no Pará, e muitas outras. “Tive uma grande referência de meu pai, que era contador de histórias e tinha uma fábrica de pipas e brinquedos em Castanhal, e que trabalhou por onze anos no mercado do Ver-o-Peso, vendendo frutas e polpas, local onde eu passei muito de minha adolescência, ajudando-o em seu ofício. Acompanhei toda a reforma do mercado, Estação das Docas, Complexo Feliz Lusitânia, São José Liberto, Mangal, sem saber que mais tarde esses locais seriam pura inspiração para a criação de obras multicoloridas”, diz Guataçara.
Confira
Exposição virtual “Amazônia é Vida”,do artista plástico Guataçara Monteiro
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