
A apresentadora Eliana disse, em participação no podcast PodDelas, ter passado por uma cirurgia no ano passado devido a uma condição chamada "ombro congelado". Ela disse ter ficado com o ombro paralisado por um período, e a operação foi a opção de tratamento possível para que conseguisse voltar ao trabalho.
Eliana também disse que enfrentou a condição ao mesmo tempo em que passava pelos sintomas da menopausa. Especialistas explicam o que é a doença do ombro congelado e dizem se há alguma relação com o período de fim da fase reprodutiva da mulher.
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Jean Kley, Diretor da Sociedade Brasileira de Cirurgia de Ombro e Cotovelo (SBCOC), explica que a doença do ombro congelado, também chamada de capsulite adesiva, é uma condição de dor ou de perda passiva de movimento da articulação do ombro, que ainda não tem causa definida pela medicina.
Segundo o médico, há alguns fatores de predisposição à doença, principalmente a diabetes tipo 2 e o perfil de ansiedade do paciente. "Algumas outras condições, como a doença de Dupuytren [fibromatose palmar], doenças de tireoide e dislipidemia (colesterol alto), também são associadas."
É estimado que 1% a 2% da população tenha os sintomas da doença, ainda que não sejam diagnosticados, diz o médico. "Nas suas formas leve e moderada, o diagnóstico não é tão fácil, sobretudo quando não avaliado por alguém com uma formação voltada para articulação do ombro", adiciona ele.
A doença possui três fases de aparecimento dos sintomas, segundo Kley.
- 1ª fase: Dura de um a três meses. É caracterizada fundamentalmente pela dor.
- 2ª fase: Dura de dois a nove meses e é caracterizada pela perda do movimento e pela fase de congelamento.
- 3ª fase: Leva de um a três anos e é caracterizada pelo descongelamento e pelo ganho progressivo e lento do movimento.
OMBRO CONGELADO E A MENOPAUSA
Eliana disse ter apresentado os sintomas do ombro congelado ao mesmo tempo em que passava pelos sintomas da menopausa, como os fogachos e o sono interrompido.
Luciano De Melo Pompei, ginecologista e membro da Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia), diz que não se pode fazer uma atribuição direta da capsulite adesiva à perda de hormônios da menopausa.
Segundo o médico, na fase da transição menopausal e da pós-menopausa, realmente existe uma diminuição dos hormônios femininos, que é causada pela diminuição da produção dos hormônios pelo ovário. Essa diminuição causa também manifestações articulares, diz o médico, devido à redução do líquido sinovial.
Contudo, geralmente, as dores não são localizadas, explica Pompei. Ele diz que, no caso de uma predisposição, os sintomas da menopausa podem aumentar a dor específica: "Quando a pessoa tem já um problema em alguma articulação, eventualmente pode ser que o sintoma predomine na fase menopausal e pós-menopausa".
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TRATAMENTO
Segundo Jean Kley, na grande maioria dos casos se opta pelo tratamento não cirúrgico, que pode ser fisioterapia, com bloqueios anestésicos e medicação. "Em alguns casos, você pode partir para a cirurgia, que é uma conduta de exceção. A doença, apesar de lenta e demorada, costuma ter um perfil limitado", conclui o médico.
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