Para discutir questões relacionadas às obras apresentadas nas duas mostras da edição 2021 do Diário Contemporâneo de Fotografia, será realizada a programação virtual “Diálogos DCF”, com os artistas e curadores, em formato de bate-papo virtual por meio do YouTube do projeto, sempre às 20h.
O primeiro encontro será nesta quarta-feira (3), com Gabriela Massote (RJ), Keyla Sobral (PA) e Lau Baldo (RS), e mediação de Alexandre Sequeira e Heldilene Reale.
A partir de perguntas indutoras, os participantes serão convidados a debater e interagir com o público. “É importante ouvir os artistas e suas motivações, o processo criativo”, destaca Alexandre Sequeira. A programação é estruturada pelo comitê científico formado por Sávio Stoco, Ceci Bandeira e Heldilene Reale. “Desde o ano passado temos o desafio de fazer a programação virtual, que é um formato que é possível fazer com mais segurança, e este ano optamos por pensar eixos de discussão a partir da proposta curatorial”, explica Ceci Bandeira.
A obra de Gabriela Massote é “Pontes” (2019), construída para “estabelecer comunicação entre dois pontos separados por um curso de água ou qualquer depressão do terreno” e “qualquer estrutura que liga duas partes homólogas”, de acordo com a artista. “Sob o cenário da Golden Gate, dois estranhos se aproximam. Dois pontos antes separados agora têm a possibilidade de encontro. Uma forma de comunicação é inventada. Uma ponte entre eles é criada”, escreve.
Já Keyla Sobral apresenta cinco trabalhos em desenho no formato de gif da série “Desenho em movimento” (2020-2021) e um led chamado “Isso são meus segundos que te dou” (2021), abordando narrativas autoficcionais, onde a palavra e o desenho estabelecem diálogos. “Um mundo particular numa fronteira entre realidade e ficção a qual o espectador é convidado a percorrer”, convida.
Em “Transafetos”, Lau Baldo discute os corpes trans, travestis, não-binaries - construídos símbolos de monstruosidades e abjeção. “Sobre nós recai o preconceito, a violência; o ódio ao ‘diiferente’. Essas construções sociais tentam nos colocar no lugar de menos humano a partir de noções cis-hétero-normativas (a ideia de que só corpes cisgêneros e heterossexuais são válidos e humanos).”
Os bate-papos ficarão gravados e acessíveis no YouTube do Diário Contemporâneo de Fotografia como forma de tornar disponível o debate sobre arte no contexto do projeto. “É uma forma dinâmica de ativar diálogos entre os artistas, sendo eles integrantes da coleção DCF ou convidados. E isso ocorre para agregar novos discursos de acordo com a possibilidade de organização curatorial, para perceber como um acervo se conecta com o outro, estabelecendo novas imersões”, destaca Heldilene Reale.
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