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CULTURA

Modernismo sob um novo olhar indígena

Artistas e pensadores indígenas discutem presença de seus povos na arte brasileira em evento on-line

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Imagem ilustrativa da notícia Modernismo sob um novo olhar indígena camera O comunicador Tukumã Pataxó, do Mídia Índia, e a cantora Djuena Tikuna estão entre os participantes da programação | kefas matos e diego janatã/divulgação

Com o tema “A gente somos – Reantropofagizando o Brasil”, a sétima edição do Mekukradjá – Círculo de Saberes, foi aberta ontem e segue até esta sexta,18, trazendo um olhar indígena sobre a Semana de Arte Moderna de 1922. O evento conta com a participação de 21 indígenas, de etnias das cinco regiões do país, entre lideranças, acadêmicos, cineastas, escritores, comunicadores e artistas visuais, numa programação ao vivo e on-line, com transmissão no site do Itaú Cultural e no YouTube.

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A programação é dedicada às tradições, resistência e importância da memória e cultura dos povos originários para a transformação da sociedade brasileira. A curadoria é da antropóloga e documentarista Júnia Torres, do escritor e educador Daniel Munduruku e da pesquisadora e curadora Naine Terena. “A curadoria do Mekukradjá 2022 tem como reflexão central reantropofagizar, isto é, ver de novo o que não foi visto. São seis círculos de debate que partem de um marco histórico, a Semana de Arte Moderna de 1922, para discutir a presença dos indígenas na arte e como essa história pode ser recontada”, explica Claudiney Ferreira, gerente do Núcleo de Audiovisual e Literatura do Itaú Cultural.

Os debates são realizados sempre às 10h30 e às 16h30. Revisitam pensamentos acerca do Brasil, sua produção artística, os trânsitos ocorridos nesses tempos, numa reflexão feita com base nas múltiplas perspectivas indígenas. “O evento, que acontece desde 2016, inicialmente propunha uma troca de saberes entre escritores e realizadores de cinema indígena e hoje migrou para outras áreas do conhecimento, como as artes visuais, a música, antropologia, história. Desde sua primeira edição já recebeu mais de 100 convidados indígenas, de mais de 50 etnias”, explica Claudiney. Este ano, pela primeira vez haverá intérpretes de libras indígenas acompanhando tudo.

Entre os participantes desta edição, estão importantes artistas visuais indígenas, como Denilson Baniwa - que inspirou o tema do evento com a defesa do conceito de reantropofagia -, Gustavo Caboco, Arissana Pataxó e Miguela Guarani, Yaka Huni Kuin, Carmézia Emiliano e Tamikuã Txihi. O cineasta e pajé Carlos Papá; Edson Krenak, vencedor do Prêmio Nacional Tamoios para Escritores Indígenas do Brasil; o antropólogo e poeta indígena Idjahure Kadiwel; a líder feminina do Território Indígena do Xingu, Watatakalu Yawalapiti; e Tukumã Pataxó, comunicador do Mídia Índia, considerado um dos maiores veículos de comunicação indígena do Brasil, também tomam parte nos debates.

No primeiro dia, o debate teve desdobramentos sobre a invisibilização a que os povos indígenas foram submetidos pela narrativa hegemônica, também quando se fala na produção de arte, e frente ao contexto da Semana de Arte Moderna de 1922.

Hoje, a programação segue a partir das 10h30, o tema é “Cosmotécnica: fazeres artísticos indígenas”, que trata da oralidade que ganha forma na expressão artística dos povos indígenas. A mediação é da professora da UFMG Renata Marquez e conta com a participação do cineasta Xynuly, do coletivo Myky, da antropóloga e cineasta indígena Tipuici Manoki, da professora artista Glicéria Tupinambá e da artista visual Miguela Guarani.

Amanhã, às 10h30, a fala é sobre “Reantropofagia:transmídias indígenas”. A cantora indígena Djuena Tikuna encerra a programação, em show on-line.

No mesmo dia, entra em cartaz na plataforma Itaú Cultural Play a mostra de filmes “Gentes Ancestrais”, que traz reflexões sobre a história do Brasil a partir de diferentes perspectivas indígenas. Com curadoria de Naine Terena e Júnia Torres, a seleção conta com oito curtas-metragens, dentre eles, “Provocações” (2017), de Jaider Esbell.

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