Os festejos juninos já começaram em Belém há pelo menos duas semanas, mas neste domingo (12), véspera de Santo Antônio, a capital paraense é contagiada pelas cores, ritmos e pela energia do Boi Azul (ou Boi Pavulagem) que não saía às ruas há dois anos por causa da fase mais crítica da pandemia da Covid-19. O chapéu de palha com as fitas coloridas é um item indispensável para quem participa.

O primeiro arrastão do Arraial do Pavulagem de 2022 começa não somente como uma forma de manifestação cultural popular, que caiu no gosto dos belenenses, mas também como um grito de liberdade para celebrar um tempo de alegria e vivência cultural.

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A exemplo de como foi em 2019, o cortejo sai da Praça da República, desce pela avenida Presidente Vargas até chegar ao palco armado na Praça dos Estivadores. Durante o arrastão, o público irá cantar junto com o Batalhão Estrela, que este ano tem 850 participantes, o maior número da história do arraial. Também vai arriscar os passos junto com os "pernas de pau".

📷 Concentração foi na Praça da República, em frente ao Theatro da Paz, |Elton Cunha

Alguns brincantes compartilharam fotos e vídeos da manifestação cultural neste domingo (12), também celebrado o Dia dos Namorados.

Milhares de pessoas seguiram o cortejo pela avenida Presidente Vargas.

O tema das atividades em 2022 marca o aniversário de existência do grupo. “Arraial do Pavulagem 2022: 35 anos de Pavulagem” é uma homenagem ao tempo de atuação do coletivo de artistas, formado por Ronaldo Silva, Júnior Soares e outros nomes importantes para a cultura da Amazônia.

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Para Ronaldo Silva, presidente do Instituto Arraial do Pavulagem, esse é um momento muito especial. “Rever as pessoas fazendo o que o Arraial faz há tanto tempo tem uma importância imensa nesse momento tão delicado que nós todos passamos. Estamos muito entusiasmados e vamos trabalhar com força total. Acho que vai ser uma das temporadas mais bonitas dos arrastões.”, diz o músico e compositor.