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Músicos paraenses sucesso nos anos 80 projetam retomada

Grupo Gema projeta a retomada de shows em conjunto.

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Imagem ilustrativa da notícia Músicos paraenses sucesso nos anos 80 projetam retomada camera O violinista Nego Nelson, o guitarrista Bob Freitas e o percursionista Dadadá Castro | (Divulgação)

Os músicos Nego Nelson, Bob Freitas e Dadadá Castro, integrantes do Grupo Gema, uma das formações icônicas da música instrumental em Belém dos anos de 1980, projetam a retomada de shows em conjunto. O trio voltou a se reunir no último dia 13, no Café da Sol, em Belém, segunda vez após o isolamento social provocado pela pandemia.

De acordo com o percussionista Arlindo Castro, o Dadadá, há pelo menos 20 anos o grupo se encontra de forma eventual para tocar junto em público. Os ensaios do trio também não são rotineiros, mas tudo pode mudar com a chegada da aposentadoria. “Somos amigos no dia a dia. A gente está sempre se encontrando e de vez em quando a gente faz algumas coisas, agora um pouco mais. Eu me aposentei, o Nego se aposentou, o Bob também. Nossa relação sempre foi muito boa e acaba dando certo, ficando da forma que a gente quer. Vamos começar a rever a ideia de retornar o grupo de antes, fazer alguns ensaios e ir aos poucos retomando, mas ainda sem nenhuma programação oficial”, conta o músico, que atuou por vários anos como programador musical da Rádio Cultura.

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Dadadá traz novidades: o trio pode virar quarteto novamente. “Acredito que vai entrar mais um músico, um baixista. Estamos vendo quem pode ser, talvez alguém que já tenha passado pelo grupo”, adianta.

O período de atuação do Grupo Gema começou nos anos de 1980, quando eram presença frequente e festejada nas noites de Belém, e passaram a acompanhar apresentações do cantor Walter Bandeira. Depois seguiram, e pararam quase nos anos 2000.

Uma das formações mais conhecidas do grupo tinha o renomado baixista João Alberto Kzam Gama, sempre lembrado por ter tocado com Elis Regina, e que faleceu em 2018. Também o baterista José Sagica, e o baixista Carlos Calibre, entre outros, sempre com formações em quarteto ou quinteto.

“O grupo cumpriu musicalmente seu papel. A gente fez bastante coisa dentro de uma linha chamada da música de qualidade, junto com Walter Bandeira, que era ícone, e até hoje a gente toca, reúne. Também influenciou muita gente, outros grupos que seguiram vários caminhos e só contribuiu para diversas jornadas”, conta Dadadá, de 70 anos.

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Segundo ele, o Grupo Gema não chegou a lançar discos autorais, mas seus integrantes possuem carreiras independentes paralelas. Com o Gema, eles devem manter a linha instrumental, levando ritmos como bossa nova, samba e jazz, com composições autorais e também de artistas como Tom Jobim. “Nossos shows são prazerosos para quem toca e para quem assiste”, garante Dadadá.

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