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DIÁRIO DO PARÁ

Ao som do Búfalo-Bumbá, Mestre Damasceno lança novo álbum

Abrindo comemorações de 50 anos de carreira Mestre Damasceno cantará ao lado do Nativos Marajoara

Imagem ilustrativa da notícia Ao som do Búfalo-Bumbá, Mestre Damasceno lança novo álbum camera “Búfalo-Bumbá” foi gravado em setembro de 2021, com fomento do edital Preamar-Secult/PA. Com produção musical de Léo Chermont e produção fonográfica de Guto Nunes, traz ritmos como o carimbó e as toadas do búfalo-bumbá, criação de Mestre Damasceno | GUTO NUNES/DIVULGAÇÃO

Este ano será especial para mestre Damasceno. Ele completa 50 anos de atividades culturais, lança novo álbum da carreira e ainda será homenageado no Carnaval do Rio de Janeiro, na Sapucaí, como tema da escola de samba Paraíso do Tuiuti. A começar por hoje, quando ele sobe ao palco do Espaço Cultural Apoena, às 20h, para o show de lançamento do álbum “Búfalo-Bumbá”, gravado junto com os Nativos Marajoara. Os artistas, marajoaras do município de Salvaterra, irão apresentar clássicos do repertório do mestre e as músicas do novo trabalho, que ganhou as plataformas digitais no último dia 20.

“Búfalo-Bumbá” foi gravado em setembro de 2021, com fomento do edital Preamar-Secult/PA. Com produção musical de Léo Chermont e produção fonográfica de Guto Nunes, traz ritmos como o carimbó e as toadas do búfalo-bumbá, criação de Mestre Damasceno. Os músicos Felipe Cordeiro, Luiz Pardal, Felipe Sequeira e Léo Chermont fizeram participações especiais.

A captação do áudio foi realizada dentro da ilha do Marajó, com um estúdio móvel montado no local - apenas as participações especiais foram gravadas fora da ilha. “Montei o estúdio, na mochila, escolhi os microfones que eu achava que funcionava. Eu gravei todas as bases, tambores, a voz do Damasceno, tudo no Marajó. Depois eu trouxe algumas coisas pra cá (Belém) para as participações. O Felipe Cordeiro gravou de São Paulo, o Pardal gravou na própria casa e eu gravei na minha casa. Mas a ideia sempre foi trabalhar o máximo no Marajó e isso é muito importante”, explica Chermont.

Ao todo, são nove faixas, acompanhadas pelos músicos Agnaldo Vasconcelos e Anderson Gonçalves (curimbós), Arivaldo Pampolha (banjo), David Pamplona (flauta), Emerson Miranda (saxofone) e Francisco Junior (maracá e ganzá), além dos vocais de Bella Pantoja, Inesita, Kleyton Silva, Arivaldo Pampolha e Marcelo Rodrigues.

Para Damasceno, a expectativa é sobre a resposta do público ao novo trabalho, que ele apresenta no show desta noite. “Nesse disco tem mais carimbó, apenas uma toada. Mas tem três ritmos, as pessoas escolhem do que gostam”, explica ele, que acha que o público vai dançar e se divertir.

TRAJETÓRIA

Antes de “Búfalo-Bumbá” Mestre Damasceno gravou, em 2013, “Poesia e Reflexões”, com 11 canções em um projeto de uma escola municipal de Soure. Em 2020, lançou “Canta o Encanto do Marajó”, com 10 músicas, realizado através de recursos próprios e apoio de amigos, em um estúdio de Salvaterra. Em 2021 ele também gravou “Encontro D’água”, que teve participação especial de Dona Onete na faixa “Feira do Veropa”, com apoio do Edital de Música da Lei Aldir Blanc – Secult/PA.

Nascido no quilombo de Salvá, no município de Salvaterra, Damasceno Gregório dos Santos, está prestes a completar 69 anos de idade, 50 deles dedicados à cultura popular. Deficiente visual desde os 19 anos, devido a um acidente de trabalho, vem cantando e compondo toadas de boi-bumbá, de carimbó, xote, samba e até brega. Ganhou vários registros, enquanto mestre popular. O primeiro deles em 1973, aos 19 anos, quando foi campeão de colocador de boi-bumbá, no município de Soure. Desde então foram dois prêmios da Secretaria da Identidade e Diversidade Cultural, do extinto Ministério da Cultura (2009 e 2017), o Prêmio Mestre da Cultura Popular do Estado do Pará – Seiva, da Fundação Cultura do Pará (2015), e o reconhecimento como mestre de carimbó pelo Instituto do Patrimônio, Histórico e Artístico Nacional-Iphan (2017), além de muitas outras homenagens simbólicas, inclusive na Assembleia Legislativa do Estado do Pará e na Câmara Municipal de Salvaterra.

Quando é questionado a respeito de ser o tema da escola de samba Paraíso do Tuiuti, Damasceno não esconde o orgulho: “Eestou ansioso e emocionado. Vê onde nosso trabalho chegou. São 50 anos de trabalho. A gente fica na história, porque tem mestres mais velhos que eu que não foram homenageados, então ser escolhido é muito bom”, afirma o mestre.

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