
O músico e mestre de cultura popular Damasceno morreu na madrugada desta terça-feira (26), em Belém, aos 71 anos. O artista estava em tratamento contra um câncer com metástase e enfrentava complicações de saúde, incluindo pneumonia e falência renal.
O velório será realizado em dois momentos. Em Belém, ocorre no Hall do Museu do Estado do Pará, a partir das 16h desta terça-feira (26). No município de Salvaterra, na Ilha do Marajó, haverá velório na Câmara Municipal a partir das 12h de quarta-feira (27). O sepultamento está marcado para a manhã de quinta-feira (28), no Cemitério Municipal São Pedro.
A data de sua morte coincide com o Dia Municipal do Carimbó em Belém, instituído em homenagem à manifestação cultural paraense.
Trajetória
Nascido em 1954, na comunidade quilombola do Salvá, em Salvaterra, Mestre Damasceno perdeu a visão aos 19 anos após um acidente de trabalho. Desde então, dedicou mais de cinco décadas à promoção de manifestações tradicionais do Marajó, como o carimbó, as toadas e a poesia oral.
Foi idealizador do Búfalo-Bumbá de Salvaterra, manifestação junina que reúne elementos do teatro popular, influências quilombolas e referências da natureza amazônica. Em 2013, criou o Conjunto de Carimbó Nativos Marajoara, com quatro álbuns gravados no estilo pau e corda.
Ao longo da carreira, compôs mais de 400 músicas autorais e lançou seis discos, consolidando sua presença no cenário da música regional.
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Reconhecimento
Mestre Damasceno recebeu a Ordem do Mérito Cultural e foi homenageado em diferentes eventos. Na 28ª edição da Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes, em agosto de 2025, foi celebrado ao lado da escritora Wanda Monteiro. Durante a programação, foi lançado o livro Mestre Damasceno e as Cantorias do Marajó, de Antonio Carlos Pimentel Jr., voltado ao público infantojuvenil.
Em 2023, ele foi homenageado pela escola de samba Paraíso do Tuiuti, no Carnaval do Rio de Janeiro.
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