A procuradoria da Câmara dos Deputados entrou com uma notícia-crime no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo a prisão em flagrante do humorista Danilo Gentili.
Gentili é acusado de proferir grave ameaça ao livre exercício do Legislativo após criticar, no último dia 25 de fevereiro, nas redes sociais, a celeridade da PEC da Imunidade, em meio à pandemia de Covid-19.
“Eu só acreditaria que esse país tem jeito se a população entrasse agora na Câmara e socasse todo deputado que está nesse momento discutindo PEC de imunidade parlamentar”, disse o humorista.
O humorista tem cerca de 17 mil seguidores no Twitter, onde foi feita a postagem. O comentário teria recebido mais de 20 mil curtidas e outras 2 mil replicações até o dia 26.
A Câmara ressalta que Gentili, além dos crimes de injúria, poderá se enquadrar na Lei de Segurança Nacional. A Casa relembrou, no pedido, a invasão ao Capitólio dos EUA, em janeiro.
“[A postagem] possui indisfarçável vinculação com o referido episódio, representando nítida incitação da população à subversão da ordem político-institucional e gravíssimo atentado contra a manutenção do Estado Democrático de Direito”.
“As limitações devem ser imediatamente impostas pelo Poder Judiciário nos termos constitucionais que impedem a qualquer cidadão de propagar ideias criminosas”, prossegue.
O deputado Luis Tibé (Avante-MG) é responsável pela procuradoria. No texto, o órgão destaca o deputado Celso Sabino (PSDB-PA), além de todos os outros deputados, como vítima dos ataques de Gentili.
Nesta segunda-feira (1º), Danilo Gentili usou novamente às redes sociais para dizer que foi alvo de “justas críticas por alguns deputados” e que sempre defendeu as instituições.
“Aliás, minha briga com bolsonaristas foi justamente pelo fato de eu ser contrário aos pedidos criminosos de fechamento do STF e do Congresso”, disse o humorista.
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