A cantora e compositora Iza, 30, entrou para a lista da Times de líderes influentes da nova geração.
A notícia, divulgada pela publicação nesta sexta-feira (28), destaca que a artista usa sua visibilidade para combater o racismo no Brasil, traçando um panorama sobre a desigualdade racial no país.
Iza sensualiza ao limpar a piscina usando biquíni neon
Em entrevista à Time, a cantora disse que está ciente que ela é a representação que tão desesperadamente buscou quando criança.
"Minha responsabilidade é [pesada]. As pessoas morrem por causa do racismo todos os dias [aqui]", diz a cantora.
Segundo a publicação, Iza está usando sua plataforma não apenas para compartilhar seus sucessos, mas também para conscientizar as pessoas sobre as formas como o racismo permeia a vida cotidiana no Brasil, inclusive nas mensagens de suas músicas e vídeos.
"Não falo sobre racismo porque é um assunto de que gosto muito. Falo sobre isso porque é necessário. Posso dizer muito através da música. Nosso microfone é uma arma e precisa ser usado", afirmou.
A artista não escondeu a felicidade de ter entrado para a lista da Times e compartilhou o vídeo da publicação falando dela em sua conta no Instagram.
"Mama, eu estou na Time. Que honra fazer parte da lista "Next Generation Leaders" de 2021! Não consigo acreditar! Muito obrigada revista Time e Jenna Caldwell por esta oportunidade incrível! Deus é bom!!!", escreveu a cantora na legenda do vídeo.
Nascida em Olaria, zona norte do Rio, para onde retornou aos 12 anos, IZA começou a carreira de cantora quando criança, no coral da igreja. Ela passou a infância em Natal, no Rio Grande do Norte, por causa do trabalho do pai, primeiro oficial de náutica da Marinha Mercante.
Filha de uma professora de música e artes, IZA cresceu em uma família de classe média que apreciava a música. Estudou em escolas particulares, nas quais a mãe lecionava, e formou-se em publicidade na PUC-Rio, mas abandonou a área para seguir carreira musical.
O empoderamento -como mulher e negra- ela só encontrou aos 17 anos, após uma tarde em que passou chorando na frente do espelho. Agora, IZA fala sobre esse e outros temas libertários em suas composições.
Dona dos hits "Pesadão", lançado em parceria com Marcelo Falcão no ano passado, e "Te Pegar", a cantora tem conquistado seu espaço na música brasileira. "Ser mulher na indústria faz com que você seja alvo de eternas comparações e isso pode nos prejudicar um pouco", disse em entrevista, em 2018, ao jornal Folha de S.Paulo.
Sua inspiração também vem de outras artistas, como as atrizes Taís Araújo, Aisha Jambo e Isabel Fillardis por serem negras e por quebrarem barreiras a todo momento.
Diz ser feminista e ter uma postura combativa e ao lutar por um patamar de igualdade de gênero que ainda parece distante. "A nossa independência ainda está atrelada a existência do outro, nesse caso, o homem."
Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.
Comentar