"Não puxei saco", diz Fafá sobre estreia no The Voice+

O The Voice Brasil é visto como uma ótima oportunidade de novos talentos se destacarem no mundo da música. A versão do programa destinada a melhor idade é um espaço importante para dar voz a quem já passou dos 60 anos.

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Entre os jurados do The Voice Brasil+ está a cantora paraense Fafá de Belém. A artista falou sobre a experiência de estar no programa e destacou a importância da atração para quem busca uma chance de mostrar o seu talento.

“Esse programa é lindo. E é uma oportunidade maravilhosa para nós que temos mais de 60 anos continuarmos sonhando. Quando você é uma pessoa pública isso até é permitido, mas, para o cidadão comum, é como se a capa da invisibilidade fosse depositada nele a partir dos 50 anos. A sociedade, o mundo vai jogando-o para um canto, como se não tivesse mais direito a desejos, tesão, planos”, destaca Fafá, aos 65 anos.

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A artista revelou que o mais importante para ela, como jurada, é poder conhecer histórias incríveis, de pessoas que se dedicaram ao longo de toda a vida para ter o tão esperado reconhecimento na carreira.

“Das coisas mais bonitas que tenho vivenciado no The Voice+, são as histórias de cada um. Têm mulheres que abriram mão das suas vidas por causa de um homem. E aí se separam e entendem que a música é muito mais importante que aquele cara que a fez abdicar do sonho dela. Também têm mulheres que voltaram a sonhar, sacudidas por um companheiro ou uma companheira, netos, sobrinhos. São trajetórias emocionantes. O mais difícil tem sido não poder virar a cadeira mais, porque já estou com quase todo time montado (risos). Mas os outros técnicos viram, então também abraçam os sonhos destas pessoas que têm muita coragem de colocar o seu desejo na frente da maior rede de televisão brasileira sem nenhum um tipo de pudor ou censura”, ressalta a artista.

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Chegar ao papel de jurada do The Voice + não foi uma tarefa fácil. Mesmo com toda experiência e bagagem musical adquiridas ao longo de sua carreira, Fafá de Belém revela que sofreu muita discriminação em sua trajetória, mas destaca que nunca precisou usar de outros meios, além do talento, para chegar onde chegou.

"Não faço parte de grupos, não puxo o saco de ninguém para viver, adoro gente, gosto de conhecer de tudo, me jogar no que está acontecendo. Não tenho preconceitos. Adoro todo tipo de música que emociona. Que maravilha! Sou uma pessoa absolutamente livre e isso incomoda muita gente. Inclusive, os que dizem, pregam, não ter preconceitos. Como eu supero isso? Sofria muito, hoje eu gargalho e vou em frente”, finaliza a cantora.