Guilherme de Pádua, responsável pelo assassinato de Daniella Perez no dia 28 de dezembro de 1992, teria se oferecido para mostrar o pênis à polícia para provar a inocência, ao prestar depoimento no dia seguinte à morte.
É o que diz José Muiños Piñeiro Filho, promotor do caso e hoje desembargador de Justiça, em uma das cenas de "Pacto Brutal", série da HBO Max que relembra o caso. Pádua tinha o nome da então mulher, Paula Thomaz, tatuado no órgão genital e queria mostrar às autoridades que havia cometido o crime por amor a ela.
Apesar de ter confessado o assassinato de Daniella, seu par romântico na novela "De Corpo e Alma", ele teria dado diferentes versões para o crime e para seu relacionamento com a atriz, durante o depoimento à polícia.
De acordo com Piñeiro Filho, em um dos relatos, Pádua teria dito que Daniella o assediava, insistia para que eles tivessem um caso porque seu casamento com Raul Gazolla não ia bem. Para provar sua fidelidade a Paula Thomaz, então, o ator tentou mostrar o pênis tatuado.
"Ele disse que a Daniella o estaria assediando, que teria interesse sexual, amoroso nele. E que ele estava começando a ter preocupação porque estava percebendo que isso estaria se refletindo, talvez por influência dela, na redação da mãe", diz o promotor do caso, em referência ao folhetim "De Corpo e Alma", que ambos estrelavam e que era escrito por Glória Perez.
"Ela estava chegando a ameaçá-lo, então ele diz que, para encerrar isso, ele a convenceu a conversar, mas que foi Daniella quem o levou àquele local", diz sobre o matagal onde o corpo da atriz foi encontrado.
"Ele quis se apresentar nesse primeiro momento como aquele homem heroico, que estava se sacrificando pela mulher que estava grávida, com quem ele vivia muito bem a ponto de se tatuar com o nome dela. Ele se oferece pra mostrar o pênis dele, porque tinha uma tatuagem, numa declaração de amor à mulher. E ao meu ver, eu estou convencido, ele queria já ali insinuar o envolvimento da mulher."
A participação de Thomaz no crime foi comprovada durante a investigação do assassinato, que em dezembro completa 30 anos.
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