O Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (Coren-SP) arquivou o processo interno que apurava suposto vazamento de informações sobre o caso da atriz Klara Castanho. A história ganhou repercussão, em junho do ano passado, depois que, a gestação da artista foi divulgada sem seu consentimento. Ela afirmou que a gestação foi fruto de estupro.
Na época, a atriz contou que profissionais de saúde envolvidos no atendimento revelaram a um jornalista a decisão dela em realizar a entrega direta à adoção do recém-nascido. O caso foi exposto na mídia sem a autorização da atriz e acabou gerando uma grande polêmica.
Segundo o Coren-SP, a decisão de encerrar a sindicância se deu devido à falta de indícios de envolvimento da equipe de enfermagem no vazamento de informações sigilosas da paciente.
"O Conselho seguiu todos os ritos processuais, solicitou documentos à instituição hospitalar e convocou os profissionais do plantão à época do fato denunciado, porém não constatou a participação de nenhum profissional de enfermagem em relação ao vazamento de quaisquer informações sigilosas de pacientes, o que levou ao arquivamento do processo", justifica o órgão, em nota, observando que, até o momento, também não recebeu denúncia por parte da atriz em relação ao tema.
Na época, Klara Castanho publicou uma carta aberta na qual lembra o momento em que teria sido abordada por uma enfermeira a respeito do possível vazamento do caso.
"No dia em que a criança nasceu, eu, ainda anestesiada do pós-parto, fui abordada por uma enfermeira que estava na sala de cirurgia. Ela fez perguntas e ameaçou: 'imagina se tal colunista descobre essa história'. Eu estava dentro de um hospital, um lugar que era para, supostamente, me acolher e proteger. Quando cheguei no quarto, já havia mensagens do colunista, com todas as informações. Ele só não sabia do estupro", afirma a jovem na publicação.
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