Apo Whang-Od, uma tatuadora indígena das Filipinas, se tornou a pessoa mais velha a aparecer em uma capa da Vogue, na versão filipina da revista.
A mulher vive em Buscalan, uma vila montanhosa na província de Kalinga, e ajudou a manter vivo o "batok", tipo de tatu agem tradicional da região. Whang-Od começou a tatuar aos 16 e já foi considerada a última "mambabatok", nome dado a quem usa a técnica, mas a situação já é diferente. Segundo a Vogue, a artista inspirou uma nova geração a aprender o estilo.
A tatuagem "batok" é feita utilizando um espinho banhado em fuligem e pigmentos naturais preso a um pedaço de bambu. Os desenhos costumavam representar bravura, para os homens, e beleza, para as mulheres.
Veja também:
Teoria liga capa da Vogue com Gisele Bündchen ao satanismo
Trans paraense tem trabalho publicado na Vogue e faz sucesso com criação LGTBQIA+
"Mambabatoks" só podem ensinar a técnica a seus descendentes. Whang-Od treinou suas sobrinhas-netas, mas não tem planos de parar de tatuar tão cedo. "Eu só vou parar quando não conseguir mais enxergar, para continuar dando às pessoas a marca de Buscalan, a marca de Kalinga ", disse à Vogue Filipinas.
Bea Valdes, a editora-chefe da Vogue Filipinas, falou com a CNN sobre a escolha da artista para a capa da revista. "Sentimos que ela representava nossos ideais do que é bonito na nossa cultura filipina. Acreditamos que o conceito de beleza precisa evoluir, e incluir rostos e formas diversos e inclusivos."
Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.
Comentar