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ASSÉDIO SEXUAL E MORAL

Audiência de ação contra assédio na Globo acontece hoje

Ação envolve dois casos dentro da emissora.

Imagem ilustrativa da notícia Audiência de ação contra assédio na Globo acontece hoje camera Funcionárias da Globo protestaram. | Reprodução

Começa nesta quinta-feira (25), no Rio, às 10h30, a primeira audiência de instrução de uma ação pública movida pelo Ministério Público do Trabalho contra o Grupo Globo.

Como revelado pela revista Piauí, a ação é calçada em dois casos: as denúncias de assédio sexual e moral contra o ator e ex-diretor Marcius Melhem e o caso Esmeralda, de uma engenheira de sistema de TV que teria sofrido violências, incluindo um estupro, de quatro ex-colegas durante o período em que trabalhou na empresa.

Melhem encostava pênis ereto nos atores, afirmam vítimas

Após o caso Melhem, o MPT ajuizou uma ação civil pública contra a Globo, para investigar se a emissora foi negligente com a sua obrigação de garantir um ambiente de trabalho saudável para seus funcionários.

Melhem expõe conversa com atriz que o acusa de assédio

O procurador Francisco Araújo soube do caso de Esmeralda por uma denúncia do Sindicato dos Radialistas de São Paulo. O MPT já estudava uma ação contra a Globo em razão do Caso Melhem e tomou ciência da denúncia de duas mulheres contra a Globo. Esmeralda aceitou depor e foi ouvida por Araújo em março de 2022.

Apenas o MPT e a defesa da Globo participam dessa primeira audiência, que pode durar mais de um dia. O processo está em segredo de justiça.

O CASO MELHEM:

Melhem é investigado desde dezembro de 2019, quando Dani Calabresa e outras sete mulheres o denunciaram como "assediador" no compliance da Globo -a investigação interna foi arquivada em janeiro de 2022.

Ele deixou a chefia de humor da Globo em março de 2020. Cinco meses depois, a emissora o demitiu, e afirmou que foi em comum acordo, sem mencionar os casos de assédio.

Em janeiro de 2021, Melhem foi à Justiça contra Dani Calabresa pedindo uma indenização de R$ 200 mil em danos morais. O processo está em segredo de Justiça.

Assédio sexual: quem são as mulheres que acusam Melhem

O Ministério Público encaminhou a denúncia criminal à Deam (Delegacia Especial de Atendimento à Mulher no Rio de Janeiro) em julho de 2021, que instaurou inquérito. O caso corre em segredo de Justiça.

A Globo encerrou o contrato fixo com Calabresa após sete anos, em julho de 2022.

A defesa da Globo teria constatado "a inadequação do comportamento do artista com os seus subordinados, mas não foi possível comprovar de maneira irrefutável a prática deliberada de assédio sexual", segundo trecho do processo de ação do MPT-RJ contra a Globo publicado pela revista Veja em maio de 2023.

O CASO ESMERALDA:

Esmeralda Silva (nome fictício) se mudou da Paraíba para São Paulo pelo sonho de trabalhar na Globo, segundo afirmou à Piauí. "Quando entrei por aquele portão, parecia que eu estava chegando no céu. Era a realização do maior sonho da minha vida", disse, na entrevista. Ela começou a trabalhar na empresa em janeiro de 2017.

Ela cita um caso de estupro, episódios de assédio e zombarias por seu sotaque. O caso mais grave, segundo contou a revista, aconteceu quando um técnico com mais de 20 anos de empresa a pressionou contra a parede e enfiou um dedo em sua vagina. O agressor dizia, segundo lembra Esmeralda, que ninguém acreditaria nela e que ele era capaz de prejudicá-la na empresa.

Esmeralda não fez denúncias criminais, mas entrou com ação trabalhista contra a Globo por assédio moral e sexual, misoginia e xenofobia. Ela disse ter adoecido após vivenciar os supostos casos de assédio na Globo. Esmeralda relatou ter enfrentado ansiedade, cefaleia, insônia, alteração intestinal e urinária e pediu uma indenização de R$ 225 mil.

Segundo a Piauí, a funcionária venceu a empresa em duas instâncias. Ela rejeitou uma oferta de acordo e a emissora recorreu ao TST (Tribunal Superior do Trabalho). Ainda de acordo com a revista, Esmeralda segue contratada pela Globo por decisão judicial, mas está afastada por problemas de saúde mental.

Nome "Esmeralda" foi escolhido por ser a cor da pedra esmeralda. Segundo a reportagem da Piauí, a funcionária não quer ser identificada por temer represálias e escolheu esse nome para ser citada na matéria por admirar a beleza da pedra preciosa.

Funcionárias do grupo Globo protestaram na segunda-feira na emissora usando roupas verdes, no que foi chamado de "Movimento Esmeralda". As profissionais manifestavam o repúdio contra o Caso Esmeralda. O protesto contou com a participação de produtoras, repórteres e apresentadoras como Patrícia Poeta.

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