
Dois nomes que revolucionaram a música brasileira com irreverência, talento e ousadia. Ney Matogrosso e Cazuza nunca foram figuras comuns, nem no palco, nem na vida. Com personalidades fortes, os dois protagonizaram momentos históricos da MPB e agora, décadas depois, voltam a emocionar o público com uma história pessoal que mistura arte, paixão e humanidade.
A estreia da série Homem com H na Netflix, inspirada na vida e carreira de Ney Matogrosso, não apenas trouxe novos olhares sobre sua carreira artística, mas também reacendeu memórias de um capítulo íntimo e até então pouco lembrado: o romance vivido entre o cantor e Cazuza no final da década de 1970.
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Eles se conheceram em 1979. Ney tinha 39 anos e já era um símbolo de transgressão à frente dos Secos e Molhados. Cazuza, por sua vez, tinha apenas 17 e ainda não havia estreado nos palcos. O que poderia parecer um encontro improvável se transformou em um envolvimento intenso, e breve. Durou cerca de três meses, mas deixou marcas profundas.
“Fui completamente apaixonado, mas era difícil conviver com os dois Cazuzas que havia nele”, contou Ney em entrevistas recentes. “No lado público, se mostrava agressivo, louco, bêbado e cheirava muito pó. Já na intimidade, era o oposto. Foi uma das pessoas mais encantadoras que conheci.”
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O fim do namoro veio acompanhado de um episódio tenso. Ney relembra que, após Cazuza desaparecer por quatro dias, ele reapareceu em sua casa “sujo, fedendo, com um traficante a tiracolo”. A discussão terminou em agressão e separação. “Cazuza cuspiu em mim. Aí dei um tapa na cara dele e o mandei ir embora”, revelou Ney com franqueza.

Apesar do término turbulento, os dois nunca se afastaram de verdade. O sexo acabou, mas o carinho permaneceu. “Seguimos amigos, nos amando, mas sem sexo”, resumiu Ney, deixando claro que a conexão entre eles transcendeu o desejo e resistiu ao tempo.
Quando Cazuza adoeceu e enfrentava os estágios mais delicados da AIDS, Ney esteve ao seu lado. Não havia mais palco, nem plateia, apenas cuidado e afeto genuíno. “Quando ele já estava bem doente, eu ia à casa dele só para lhe fazer massagem nos pés.”
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