O crime brutal cometido por Elize Matsunaga em 2012, condenada por matar e esquartejar seu marido, Marcos Matsunaga, voltou a ser tema de discussão após o lançamento da série Tremembé na Prime Video. A história não apenas reabre feridas sobre o crime, mas também traz à tona a vida da filha do casal, que, na época do crime, tinha apenas um ano. O impacto emocional e psicológico dessa revelação na vida da criança é um dos pontos centrais da narrativa da série.
Desde o momento em que Elize foi presa, sua filha foi criada pelos avós paternos, Mitsuo Matsunaga e Misako Kitano, que tentaram proteger a menina da verdade sobre sua mãe e do crime horrendo que a envolvia. No entanto, a inocência da criança foi desafiada quando, aos nove anos, ela descobriu a verdade de uma maneira inesperada e dolorosa.
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A descoberta da verdade
Durante uma festa na escola, uma colega de classe fez uma pergunta que mudaria tudo: "Quem são seus pais?" A menina, sem saber a verdade, respondeu que eram seus avós. A colega, no entanto, não hesitou em revelar a chocante realidade: "Seu pai é o Marcos Matsunaga e sua mãe é a Elize Matsunaga, que é uma prostituta que matou e esquartejou seu pai." Essa revelação não apenas desestabilizou a criança, mas também a forçou a confrontar uma realidade que seus avós tentaram esconder por anos.
O escritor Ulisses Campbell, que narra a história de Elize em seu livro Elize Matsunaga: A Mulher que Esquartejou o Marido, compartilhou detalhes sobre essa descoberta. Ele enfatizou a dor e a confusão que a menina enfrentou após saber a verdade. Para lidar com essa nova realidade, a criança passou por diversas sessões de terapia, um passo crucial para ajudá-la a processar a informação devastadora.
Hoje, a família Mastsunaga move um processo na Justiça para retirar o nome de Elize da certidão de nascimento da filha. Segundo as últimas informações conhecidas, elas não mantém contato e a jovem poderá decidir se quer reencontrar a mãe apenas quando fizer 18 anos.
O crime de Elize Matsunaga
Elize atirou no marido, Marcos Matsunaga, em 19 de maio de 2012, dentro do apartamento do casal, após uma briga por causa de traições dele. Cerca de 10 horas após o tiro, ela esquartejou o corpo do então chefe-executivo da Yoki e guardou os pedaços, ensacados, em três malas. A filha deles, de apenas de 1 ano, estava no local durante todo o processo.
A mulher abandonou os pedaços do corpo em uma estrada e disse à polícia que o marido estava desaparecido, após sair de casa pela manhã e não retornar. Os restos mortais foram encontrados em 27 de maio.
Ela foi presa preventivamente em 5 de junho de 2012. Em dezembro de 2016, foi condenada a 19 anos, 11 meses e um dia de prisão, mas a pena foi reduzida para 16 anos e três meses em 2019.
Elize Matsunaga cumpre pena em regime aberto desde 2022 e deve seguir assim até janeiro de 2028.
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