O silêncio das ruas do bairro Cágado no Ceará, contrastou com a confusão que tomou a noite de terça-feira (25). Minutos antes, moradores ouviam motos acelerando, gritos e, logo depois, disparos.
No chão, caído ao lado da motocicleta, estava o influencer cearense Ruan Carlos da Silva Morais, de 18 anos, conhecido nas redes sociais como “Cearense”. Ele não resistiu após ser baleado durante uma abordagem policial.
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O jovem pilotava uma moto acompanhado da namorada quando ambos foram atingidos por tiros. Ruan foi alvejado no pescoço, perdeu o controle do veículo e caiu. A adolescente, ferida no ombro, foi socorrida e levada para um hospital em Fortaleza. Até o momento, não há atualização oficial sobre seu estado de saúde.

O que dizem a polícia e a irmã da vítima
Segundo a versão da Polícia Militar do Ceará (PMCE) uma equipe foi acionada para verificar uma denúncia de ameaça feita por ocupantes de uma motocicleta. Durante o patrulhamento, os agentes teriam avistado o casal em alta velocidade. Como a ordem de parada não foi obedecida, iniciou-se uma perseguição.
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A PM afirma ainda que, durante a fuga, o condutor teria efetuado disparos contra a viatura, e os policiais revidaram. A perseguição seguiu por várias ruas até que a moto atingiu o meio-fio, provocando a queda dos dois ocupantes. Próximo ao local, os agentes encontraram um revólver calibre .38.
A irmã de Ruan, conhecida como “Diguinha, a Fuleira”, usou as redes sociais para contestar a versão da polícia sobre a morte do irmão. Ela afirma que Ruan estava desaparecido na noite anterior e que só soube da morte por meio de mensagens de seguidores. Segundo ela, o jovem vinha sendo observado e ameaçado pela polícia desde a adolescência.
“Não esperou nem um minuto, meteu logo um tiro nele, seu lixo […] o menino ficou nervoso porque eles meteram o tiro”, escreveu ela. “Meu irmão não merecia isso. Ele era apenas um 'muleke' sonhador que só ajudava todo mundo que chegava até a gente”.
Ruan era conhecido por publicar vídeos pilotando motocicletas, muitas vezes realizando manobras como o “grau”, quando o piloto ergue o pneu dianteiro da moto, prática considerada infração gravíssima pelo Código de Trânsito Brasileiro. Em diversas gravações, a namorada aparecia na garupa.
Histórico e investigação
De acordo com a corporação, o jovem tinha histórico de ato infracional análogo à direção perigosa e havia sido liberado recentemente. A motocicleta, a arma e outros materiais foram recolhidos e levados à Delegacia Metropolitana de Maracanaú, onde o caso permanece sob investigação.
A polícia apura as circunstâncias que levaram à abordagem, à perseguição e ao desfecho fatal desse caso.
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