Lindomar Castilho, ícone da música brega brasileira, morreu neste sábado (20) aos 79 anos. O cantor deixa um legado musical controverso, marcado por sucesso artístico e tragédia familiar.
A morte do artista reabriu feridas familiares por meio do relato público de Lili de Grammont, sua filha. Ela usou as redes sociais para expressar sentimentos conflituosos sobre a partida do pai.
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"Meu pai partiu. E, como qualquer ser humano, ele é finito. Foi alguém que se desviou pela vaidade e pelo narcisismo. Ao tirar a vida da minha mãe, também morreu em vida. O homem que mata também morre. Morre o pai e nasce um assassino; morre uma família inteira", declarou Lili.
O perdão questionado pela filha
Lili refletiu sobre a complexidade do perdão diante da tragédia que destruiu sua família. Ela admitiu que a questão não possui resposta simples.
"Se eu perdoei? Essa resposta não é simples como um sim ou um não. Ela envolve todas as camadas das dores e das delícias de existir, de ser um ser complexo e em constante transformação", escreveu a filha.
Ela concluiu sua mensagem afirmando que se despede do pai "com dor, sim, mas com todo o amor que aprendi a sentir e a expressar nesta vida".
O auge da carreira musical
Lindomar alcançou o estrelato nos anos 1970 como representante máximo do bolero no Brasil. Suas canções românticas conquistaram milhões de ouvintes e fizeram dele um dos artistas que mais vendeu discos no país naquela década.
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O sucesso comercial consolidou sua posição como referência no gênero musical que misturava romantismo e melodia popular. As rádios brasileiras tocavam suas músicas constantemente, garantindo popularidade nacional.
O crime que mudou tudo
Em 1981, o cantor cometeu feminicídio ao assassinar sua ex-esposa durante uma apresentação na capital paulista. O crime chocou o país e interrompeu sua carreira no auge.
A Justiça o condenou a 12 anos de prisão pelo homicídio. Ele cumpriu parte da sentença e obteve liberdade na década de 1990, mas nunca conseguiu recuperar totalmente o prestígio anterior.
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