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Baú do PS2: A trilogia ‘Prince of Persia’

Lançado para os computadores nos idos de 1900 e antigamente, o jogo ‘Prince of Persia’ fez sucesso entre os jogadores ao oferecer um desafio totalmente diferente ao que até então eles estavam acostumados. Em uma época dominada por jogos de plataforma tr

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Lançado para os computadores nos idos de 1900 e antigamente, o jogo ‘Prince of Persia’ fez sucesso entre os jogadores ao oferecer um desafio totalmente diferente ao que até então eles estavam acostumados. Em uma época dominada por jogos de plataforma tradicionais, como ‘Super Mario Bros.’, ‘Sonic’, ‘Contra’, ‘Rolling Thunder’, ‘Ninja Gaiden’ e ‘Altered Beast’ (e muitos outros que a minha memória trash me impede de lembrar), ‘Prince of Persia’ oferecia uma experiência nova, influenciada sobretudo por um “detalhe” que passou despercebido na história dos games até então: a lei da gravidade.

Esse “detalhe”, que pode parecer bobagem, é decisivo na jogabilidade de ‘Prince of Persia’. Nos jogos anteriores, os programadores, talvez pela praticidade, talvez pela tendência ao exagero, fizeram questão de ignorar quase que completamente o fator “gravidade” e, junto com ele, as leis da física de maneira geral. Assim, os personagens da época andavam quase que na velocidade da luz, corriam mais rápido ainda e davam saltos com acrobacias de dar inveja a qualquer atleta olímpico.

‘Prince of Persia’ se aproxima da realidade ao mostrar um personagem com aparência comum (comum para os padrões da Pérsia antiga, diga-se de passagem), que se movimentava como uma pessoa comum. Para fazer o personagem andar, por exemplo, não basta dar um toquinho no direcional para o lado. É preciso um certo esforço, senão o “bicho” não sai do lugar. E aí, sem querer começar uma aula de física, aparece uma das leis fundamentais de Newton: para tirar um objeto de seu estado de repouso, é preciso aplicar uma força superior à sua massa. Entendeu, Sonic?

>> O Príncipe dá os seus pulos para tentar salvar uma princesa aflita em ‘Prince of Persia’ (1989)

Fiz todo esse rodeio para dizer que desafiar as leis da física é justamente uma das coisas mais divertidas no ‘Prince of Persia’ original e em suas três versões para PS2 – ‘The Sands of Time’ (2003), ‘Warrior Within’ (2004) e ‘The Two Thrones’ (2005). A experiência oferecida pelo ‘Prince of Pérsia’ do PC ganha uma nova dimensão na trilogia do PS2, que, não por acaso, fez um sucesso estrondoso. Com o 3D, as possibilidades de exploração de cenários se expandem, literalmente, para todas as direções. Agora, o Príncipe não está mais preso ao “pra frente” e “pra trás” imposto pelos jogos de plataforma tradicionais.

Em sua busca constante por superar os mais diversos obstáculos, o Príncipe tem que escalar mastros feito um catador de açaí sem peconha (se você não é paraense, não tem ideia do que é isso...), rodopiar e pular entre barras de ginástica olímpica, se equilibrar entre estreitas ripas de madeira... E ainda tem a parte mais divertida e desafiadora: correr pelas paredes, horizontal ou verticalmente, feito um ninja. (Não sabemos em que momento da história o Príncipe fez seu curso de ninjitsu por correspondência, mas em alguns momentos ele parece o Ninja Gaiden!)

>> O Príncipe corre pelas paredes e desvia de espinhos em 'The Sands of Time' (2003)

É lógico que, pelos fatores que explicamos antes, o Príncipe continua mantendo um pé no real, mesmo que esteja correndo pelas paredes, e a habilidade do jogador (você!) é imprescindível para que ele não já parar no fundo do poço (literalmente). No decorrer dos três jogos, o Príncipe também aprende a golpear enquanto corre na parede, lutar enquanto se equilibra sobre ripas de madeira, entre outras“cositas más”.

FAMA DE MAU

Aliás, falando em coisas“más”, a transição entre o primeiro e o segundo episódio da trilogia merece um capítulo à parte. Muita gente reclamou das mudanças que ‘Warrior Within’ trouxe, ao mostrar um Príncipe guerreiro, cortador de cabeças alheias, que ouve heavy metal no talo. Os críticos deste segundo episódio dizem que isso contraria as “origens do ‘Prince of Persia’”, que estariam representadas, fundamentalmente, no primeiro episódio do PS2. Por causa disso, alguns puristas-conservadores-xiitas chegam a dizer que ‘Warrior Within’ é um dos piores games de todos os tempos. Isso porque eles nunca jogaram o game-tosqueira baseado no filme ‘Street Fighter – A Batalha Final’...

Não vou aqui dizer que as críticas são totalmente sem fundamento. Elas procedem. Mas quem nunca teve um “dia de cão”? E mais ainda: qual de vocês aí nunca saiu na mão com uma mulher, né cara? O Príncipe faz até pior: sai na espada, espalhando cabeças pelos cenários de ‘Warrior Within’.

Brincadeiras à parte, eu arrisco dizer o seguinte: a prestigiada série ‘God of War’ (da qual também sou fã) talvez não tivesse existido se não fosse ‘Warrior Within’. A semelhança entre os dois jogos é brutal (sem trocadilhos, por favor). A mistura de ação ininterrupta e resolução de quebra-cabeças está presente nos dois, fazendo com que o jogador “apertador de botões” não tenha vez. Para resolver um problema, é preciso pensar – às vezes só um pouco, às vezes, espremendo o cérebro até achar a solução.

As semelhanças entre ‘Warrior Within’, que é de 2004, e o primeiro ‘God of War’ (lançado em março de 2005) não param por aí. Coincidência ou não, os dois jogos iniciam com o protagonista em um navio, sendo atacado por hordas de inimigos furiosos.

É por essas e outras que a série ‘Prince of Persia’ do PS2 merece respeito, e merece ser jogada por todo aquele que curte um bom jogo de ação/aventura. Até hoje, a trilogia ainda não encontrou rival à altura. Mesmo os dois jogos lançados para a nova geração (o primeiro, batizado simplesmente de ‘Prince of Persia’ e o segundo, ‘The Forgotten Sands’) não foram tão bem recebidos quanto a trilogia do PS2. É esperar para ver se a equipe criativa da Ubisoft tenha tanta criatividade nos capítulos, que com certeza, vêm por aí. (Carlos Henrique Gondim, Diário Online)

>> A cada jogo, os desafios (e os inimigos!) aumentam, como comprova este gigante de 'The Two Thrones' (2005)

P.S. (2):Finalizo com uma bronca para a Ubisoft. Aproveitando o lançamento do filme baseado na trilogia do PS2, a produtora relançou ‘The Sands of Time’, do PS2, com a mesma arte de capa de seu jogo mais recente, o ‘The Forgotten Sands’ (que saiu para PS3, Xbox 360, Wii e PC). Para piorar a confusão, a capa é a mesma usada para o novo jogo do PSP e do Nintendo DS, que tem o mesmo nome mas é um game totalmente diferente. Isso não se faz! Nada justifica uma palhaçada dessa.

FICHA TÉCNICA
Ano de lançamento: 2003 (The Sands of Time), 2004 (Warrior Within) e 2005 (The Two Thrones)
Produtora: Ubisoft
Gênero: Ação/aventura
Jogadores: 1

Avaliação:
The Sands of Time: 9,6 (IGN.com) / 9,0 (Gamespot)
Warrior Within: 8,6 (IGN.com) / 8,8 (Gamespot)
The Two Thrones: 8,8 (IGN.com) / 8,6 (Gamespot)

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