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TRABALHO NOVO

Jaloo está de volta com álbum totalmente autoral: "Mau"

O novo álbum da cantora paraense Jaloo chega nas plataformas digitais nesta quarta-feira (25) com influências do phonk, hyperpop, ska e Calypso.

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Imagem ilustrativa da notícia Jaloo está de volta com álbum totalmente autoral: "Mau" camera Jaloo compôs, interpretou, tocou todos os instrumentos, arranjou e produziu as dez faixas de “Mau”. | Caia Ramalho/Divulgação

Intenso, autoral e atual, “Mau”, novo álbum da cantora, compositora e produtora musical Jaloo, chega hoje, 25, a todas as plataformas digitais, pelo selo Elemess. O lançamento marca a volta de Jaloo após quatro anos sem trabalhos solo. Com referências que vão desde o phonk, um ritmo importado da Rússia, até hyperpop, ska e calypso, ao longo de dez faixas, com temas ousados e urgentes.

“Ele é bem ousado. Acredito que nos últimos dois discos tive uma preocupação em acessar lugares. Acho que dessa vez a preocupação é o contrário. Mais focada para dentro, pensando no que me diverte, me faz feliz, e a partir disso fui costurando esse disco que é muito mais franco nas suas palavras e toca em assuntos que talvez sejam considerados tabu. E por conta disso tem essa cara mais intensa e ousada”, falou Jaloo.

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“Mau” encerra uma trilogia que teve início em 2015, com ‘#1’, e traz um tom biográfico ao explorar o lado mais feminino da artista, que se identifica com o gênero fluido. No disco, Jaloo canta, arranja, produz e compõe todas as faixas.

“Foi muito bom, acho que é o lugar onde mais me dou bem. Não minto, me diverti bastante com ‘ft.’, que foi um disco só sobre parcerias. Tive uma banda nos últimos anos, ‘Os amantes’ [com Arthur Kunz e Léo Chermont], e lá me diverti muito também. Então, acho que não tem tempo ruim para minha maneira de trabalhar. Sempre consigo construir elos nem que seja comigo mesma, caso desse disco”, disse a artista sobre participar de todos os processos do álbum.

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“É um disco cem por cento feito por mim, tanto na produção quanto nos arranjos, qualquer instrumento que foi tocado, nos vocais, e por último as composições. Acho que daí já vem um pouco desse caráter ousado dele também. É um disco que não tem muito limite, não entende muito de barreiras, sai andando e não pede muita licença. Por isso, as pessoas vão ficar chocadas com algumas músicas, mas no sentido mais positivo possível. Ao mesmo tempo que elas vão pensar ‘que porra é essa?’, também vão pensar ‘nossa, que legal que fizeram isso!’”, acredita Jaloo.

Após os discos “#1”, de 2015, que aborda o nascimento e a infância da artista e a retrata como pessoa andrógina; e “ft. (pt. 1)”, de 2019, que representa o amadurecimento e exalta a masculinidade de Jaloo, o novo álbum é uma grande celebração ao feminino e coloca no centro temas como o prazer e a liberdade.

“Uma coisa curiosa sobre esse terceiro trabalho, como pensei nesses três discos como uma trilogia, é que esse terceiro sampleia as músicas dos discos anteriores. Não vou dizer quais músicas e nem em que ponto. Vamos deixar esse desafio aí para os fãs, mas tem esse caráter também, e acho que o que mais liga eles é a emoção”, contou.

Extremamente dançante, o disco possui dez músicas, sendo oito inéditas e duas recém-lançadas como singles: “Mau”, que dá nome ao projeto e abre o disco, e “Quero te ver gozar”. Das inéditas, o álbum traz “Pode”, uma balada com sonoridade latina brasileira, cheia de amor e sexo; “Pra que amor”, forró eletrônico que, segundo Jaloo, é safada e triste; “Tudo passa”, que fala de um término de relacionamento; “Ah!”, que aborda o desejo sexual; “Phonk-me”, com letra em português, francês e inglês, e que pretende descrever o momento de um orgasmo.

O disco segue com “Profano”, que tem referências nos anos 1980 e traz um tom de balada de amor, e “Ocitocina”, que segundo a cantora é sobre amar ter ficado longe dos holofotes. “A verdade é que a cidade vai me matar” fecha o álbum.

“Acredito que tem muito um caráter de retorno. É o meu terceiro trabalho, e entre os discos, me dediquei a outros projetos. Por conta disso talvez esse disco tenha essa cara de retorno, de recomeço, e é legal também. É bom a gente morrer e nascer de vez em quando”, disse a artista.

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